Já fez LIKE no TVI Notícias?

Myanmar: China não condena ataques a monges

Mas pede moderação à junta militar no poder. Para evitar uma escalada

A China apelou hoje à junta militar birmanesa para se moderar no tratamento aos manifestantes pró-democracia mas recusou condenar a actual repressão militar sobre os manifestantes pacíficos.

«Esperamos que todas as partes possam demonstrar moderação e lidar com a situação de forma conveniente para evitar uma escalada», disse Jiang Yu, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

PUB

Jiang recusou responder a perguntas directas sobre se a China condena os ataques das forças de segurança birmanesas aos monges que se manifestavam de forma pacífica, dizendo apenas que «a posição chinesa é clara».

A porta-voz, que falava em conferência de imprensa de rotina, disse ainda que a China deseja que «a estabilidade na Birmânia e a paz e a estabilidade na região não sejam afectadas».

«Esperamos que a Birmânia possa dedicar-se ao retorno o mais rápido possível da estabilidade, à melhoria do bem-estar do seu povo e à manutenção da harmonia social», acrescentou.

A China, que faz fronteira com a Birmânia, é dos poucos aliados da junta militar birmanesa e é um dos maiores parceiros económicos do país, a quem compra gás natural.

Diversos países ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França apelaram à China para tentar usar a sua influência junto dos militares birmaneses para prevenir maior derramamento de sangue, mas Pequim tem evitado até agora qualquer crítica pública ao regime.

A China continua a defender nas Nações Unidas que novas sanções à Birmânia serão inúteis. Em Janeiro passado a China e Rússia vetaram no Conselho de Segurança das Nações Unidas sanções contra o regime birmanês.

PUB

Últimas