A Casa Branca declarou-se muito preocupada com a continuação das «violências e das intimidações» em Myanmar e exortou a junta militar no poder a autorizar as manifestações pacíficas, noticiou a Lusa.
«As informações provenientes do Myanmar continuam a dar conta de violências e intimidações, é uma questão muito preocupante para o presidente e a senhora Bush», fortemente empenhados na causa pró-democracia na Birmânia, disse a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
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«É importante que o processo de reconciliação nacional arranque», disse.
Por outro lado, os países da União Europeia pediram hoje ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas para condenar a repressão das manifestações pacíficas pelo regime.
Num projecto de resolução que será levado terça-feira à sessão extraordinária do Conselho, a UE propõe que se «condene firmemente a continuação da repressão violenta das manifestações pacíficas em Myanmar, que conduz a brutalidades, homicídios e detenções arbitrárias».
O texto, entregue pela presidência portuguesa da União, apela à junta local para «a maior contenção» face aos manifestantes e para entregar à justiça os autores de violações dos direitos humanos.
Reclama a libertação «o mais rapidamente possível» de todas as pessoas detidas nos últimos dias, assim como de todos os prisioneiros políticos, nomeadamente da líder da oposição, Aung San Suu Kyi.
Sexta-feira, o Conselho dos Direitos Humanos aprovou a proposta europeia de convocar uma sessão extraordinária para analisar a questão do Myanmar a pedido de 17 dos seus 47 Estados membros. O regulamento exige um número mínimo de 16.
Até agora nenhum outro projecto de resolução foi entregue ao Conselho, segundo fontes diplomáticas.
A sessão decorrerá no mesmo dia em que o enviado especial da ONU Ibrahim Gambari, que já esteve com Aung San Suu Kyi, se encontrar com o presidente da junta militar, o generalíssimo Than Shwe, em Naypyidaw, a capital do país.
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