O governo americano deu à companhia British Petroleum (BP) um ultimato de 72 horas para que apresente um plano detalhado sobre como vai parar o derrame de crude no Golfo do México.
«A BP deve apresentar os seus planos, contínuos e alternativos de recuperação de petróleo, incluindo um calendário, 72 horas depois da recepção deste comunicado», diz uma carta oficial , datada de terça-feira e enviada pelo contra-almirante da Guarda Costeira, James Watson, ao chefe de operações da BP, Doug Suttles.
PUB
O governo também ordenou a BP a relatar as queixas apresentadas contra a empresa por pessoas ou empresas prejudicadas pelo derrame.
O encarregado americano do controlo de desastres, Thad Allen, pede à BP, no documento, «informação detalhada sobre esses processos, assim como os cálculos do pagamento de indemnizações».
A medida foi tomada numa altura em que surgem muitas críticas pela falta de informação sobre a quantidade de petróleo que está a ser recuperada e a que continua a fluir para o oceano, gerando o que o governo declarou como o maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos.
Nesta terça-feira, cientistas alertaram para o facto de grandes porções de petróleo não estarem a integrar a maré negra que cobre a superfície de parte do Golfo do México, mantendo-se a circular no fundo do mar. Uma situação que, alertaram, pode ser devastadora para o ecossistema submarino da região.
«As amostras de água retiradas da região e analisadas por especialistas mostraram extensas faixas de petróleo em profundidades entre 50 e 1.400 metros», disse à AFP o oceanógrafo Yonggang Liu, da Universidade do Sul da Florida.
PUB