Já fez LIKE no TVI Notícias?

BCP torna-se alvo apetecível para OPA estrangeira

Relacionados

O BCP pode vir a ser alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) em breve. Depois da morte anunciada da OPA sobre a BPI, os analistas concordam que o banco é agora um alvo apetecível.

Segundo o analista João Queiroz, da L.J.Carregosa, «alguns bancos poderão entrar em situações de fusões e aquisições. O BCP poderá vir a ser um bom alvo se não anunciar investimentos no estrangeiro. Como está bem capitalizado, vai tomar uma atitude», refere à «Agência Financeira».

BCP deve apostar no Leste e em Angola

PUB

Além disso, o banco de Paulo Teixeira Pinto tem capitais suficientes e, por isso, «não ficará por aqui. Provavelmente vai olhar mais para os investimentos lá fora, na Europa do Leste, no mercado Romeno e Angola. Esta última justifica-se ainda mais, visto que o BCP não vai ficar com a operação que o BPI tem em Angola», salienta o mesmo analista.

Também para o analista da Lisbon Brokers, John dos Santos, o BCP poderá vir a ser alvo de uma OPA, mas não exclui o mesmo cenário para o BPI.

No caso do BCP «é tão vulnerável hoje, como nos últimos dias da OPA, ou como há um ano atrás». O facto do BCP ter bastante capital disperso «não significa que se torne mais fraco», garante John dos Santos, à «Agência Financeira».

A nível de cenários possíveis, os espanhóis do BBVA são um exemplo, já que, até aqui, foram bloqueados. «Já o Deutsche Bank seria mais difícil, até porque a operação tem estado muito lenta».

John dos Santos acredita que o BCP vai apostar no estrangeiro, «até porque não faz sentido se aventurar cá dentro». Considera, ainda, que o banco de Paulo Teixeira Pinto não tem necessidade de apresentar uma nova estratégia. «Penso que a estratégia de crescimento orgânico vai ser reiterada» e que vão mostrar «mais empenho nas organizações internacionais na Grécia, Polónia, Roménia e também em Angola, onde estão mais atrasados».

PUB

OPA sobre BPI só se for de um accionista de referência

No caso do BPI, o analista John dos Santos salienta que «a sê-lo (alvo de OPA) teria que ser por parte dos accionistas de referência, por exemplo, o La Caixa» (que tem mais de 25%). No entanto, este grupo está limitado, não só pela Lei portuguesa, como também pela espanhola.

Para o analista da Lisbon Brokers, o BPI a partir de agora vai arriscar mais. «Com a abertura de novos balcões, considero que vai tornar-se mais agressivo».

Também João Queiroz, da L.J.Carregosa acredita que «o BPI provavelmente tenderá a seguir a estratégia de crescimento de balcões» e que «deve acelerar o seu crescimento orgânico».

Bancos apostam em crescimento orgânico

O mesmo analista afirma ainda que há outros bancos poderão ser alvos de OPA, como o Banif e o Finibanco.

No que diz respeito ao futuro da banca no geral, João Queiroz é peremptório: «para já aquilo que o mercado apregoa é o crescimento orgânico da banca que mais poderia ganhar. Estou a falar do Santander Totta, Banco Espírito Santo (BES), Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BPI, em menor grau».

Já a nível de operações no geral, John dos Santos considera que o BES foi ao longo deste ano, o banco que mais beneficiou «em termos de margem e novos clientes».

PUB

Relacionados

Últimas