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Sócrates «ataca»... e deputados «contra-atacam»

Oposição «chocada» com declarações do primeiro-ministro sobre audição de Vítor Constâncio

Vários elementos da comissão de inquérito ao caso BPN apelidaram de «inaceitáveis» as declarações do primeiro-ministro sobre os trabalhos da comissão, com os deputados a fazerem questão de sublinhar o seu protesto antes da abertura da audição ao ministro do Estado e das Finanças.

A oposição em bloco repudiou as declarações do primeiro-ministro durante a entrevista dada ontem à SIC, em que Sócrates ter afirmado que a comissão tratou mal o governador do Banco de Portugal. Só o PS considerou que houve tratamento diferenciado entre as diversas personalidades ouvidas na comissão.

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«É no mínimo inaceitável que o primeiro-ministro ponha em causa o trabalho da comissão», disse o deputado do PSD Hugo Veloso, recebendo a reacção da presidente da comissão de inquérito, a socialista Maria de Belém, que assumiu a total responsabilidade pela condução dos trabalhos.

Também o CDS-PP mostrou-se surpreso pela avaliação de José Sócrates, avisando que «quem fiscaliza o Governo é o Parlamento e não o contrário e muito menos é o primeiro-ministro que fiscaliza esta comissão».

«Chocado» é a expressão que melhor define a forma como o deputado do PCP ouviu as declarações do primeiro-ministro, rejeitando qualquer «condicionamento» ao trabalho da comissão.

Na defesa do primeiro-ministro, o PS admitiu que a comissão tem usado de tratamento diferencial com os diversos elementos ouvidos na comissão, alterando numa forma «a brincar» ou então tratados «de forma vigorosa».

Para José Sócrates, o governador do Banco de Portugal não foi tratado da mesma forma, na audição de segunda-feira, considerando que houve «diferença de tratamento» por parte dos deputados da comissão.

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