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Angola detém investigadora de ONG por espionagem

Britânica Sara Wikes foi acusa de posse de «material de propaganda hostil»

A investigadora Sarah Wykes, da organização não-governamental britânica Global Witness, foi levada, ontem à tarde, para a cadeia da cidade de Cabinda, por indícios de «crime de espionagem» e deverá comparecer esta segunda-feira perante um Magistrado do Ministério Público, notícia o jornal Público.

«Trata-se de uma ditadura diabólica. A confirmação da falta de liberdades», reagiu àquele jornal, o padre Raul Tati, antigo vigário-geral daquele diocese.

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Sarah Wikes, conhecida pela campanha contra a corrupção e a má gestão de fundos das receitas do petróleo, tinha estado, durante a semana passada, reunida com a Chevron, a Total, a Devon e Rock Oil.

Na noite de sábado, foi visitada, no hotel onde estava instalada em Cabinda, por elementos dos serviços de imigração que lhe pediram o passaporte. O advogado luandense, David Mendes, conseguiu depois que lhe devolvessem o documento.

Detida por posse de «material de propaganda hostil»

Às 05h00 de domingo, foi surpreendida por um forte dispositivo policial, que queria proceder a uma revista, alegando que a investigadora detinha «material de propaganda hostil».

Wikes não o aceitou sem a presença de um advogado e sem um mandado. Às 8h40 (mesma hora em Lisboa) os agentes voltaram com o mandado, revistam a mochila, levantam o colchão da cama e levam consigo um bloco de notas, duas pen drives e a sua máquina fotográfica. Mendes viu-se recusado como advogado e passou o caso ao colega Francisco Luemba.

Nas instalações da Polícia de Investigação Criminal, Wikes foi ouvida durante meia hora e esperou supostamente pela análise do material apreendido. A meio da tarde, os três advogados presentes, Luemba, Mendes e Martinho Nombo, ausentaram-se acreditando que tal facilitaria o andamento do processo.

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