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Transportadora aérea em falência técnica

Cabo Verde: companhia pede ao governo para tomar medidas para reestruturar a companhia

A empresa TACV - Cabo Verde Airlines, está em situação de «falência técnica», tendo a respectiva administração pedido ao governo cabo-verdiano para tomar medidas para reestruturar a companhia.

A situação da empresa está contida numa carta que o presidente dos TACV enviou aos trabalhadores, em que explica a actual situação financeira e apresenta uma série de propostas para evitar que a concretização da falência.

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Segundo António Neves, a empresa tem vindo a acumular «sucessivos prejuízos» ao longo dos anos o que levou a situação de falência técnica.

«A companhia só sobrevive porque tem acumulado dívidas em cima de dívidas. E também porque os seus credores vão fechando os olhos e nenhum deles pediu, até agora, o seu encerramento - leia-se falência», afirma a carta, entretanto divulgada na imprensa local.

«Já tivemos crises sérias de abastecimento em aeroportos estrangeiros. Já tivemos que, in extremis, pagar taxas de rota e aeroportuárias para que pudéssemos levantar voo da Praia».

Diminuir custos

Para resolver a situação, António Neves informou que já apresentou ao governo a sugestão de uma proposta legislativa que define o trabalho do pessoal móvel da TACV para diminuir os custos.

Por outro lado, o Conselho de Administração decidiu rever os diversos subsídios vigentes na empresa, prevendo também o fim do pagamento de horas extraordinárias quando estas não se justificam, sendo compensadas de outra forma.

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António Neves propõe ainda a redução de custos através do congelamento de ingressos, da reestruturação de posições de chefia e da flexibilização dos horários.

Além das medidas internas, a administração da TACV está a negociar com o Governo o aumento do capital social e reescalonamento da dívida da empresa.

Reparações e modificações na frota irão custa 9 milhões

«2009 é um ano em que a Companhia deve fazer grandes reparações e modificações na sua frota, que poderão custar perto de um milhão de contos (cabo-verdianos, cerca de 9,06 milhões de euros)».

«Deste modo, a Companhia não estará em condições de poder servir a sua dívida financeira de curto prazo, sobretudo num ano em que todas as previsões apontam para uma grave crise das companhias aéreas», concluiu António Neves.

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