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Lisboa: reunião foi «fuga para a frente»

Sá Fernandes lamenta que a credibilidade da autarquia não tenha sido discutida

O vereador do Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, considerou hoje que a reunião convocada pelo presidente da Câmara de Lisboa foi «uma fuga para a frente» e lamentou que a credibilidade da autarquia não tenha sido discutida.

Em declarações no final da reunião de vereadores, que se prolongou por quase cinco horas, Sá Fernandes considerou que o encontro «foi uma fuga para a frente».

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«A Câmara de Lisboa está numa profunda crise de credibilidade e hoje não se discutiu isso», lamentou o vereador.

Carmona Rodrigues convocou hoje todos os vereadores para uma reunião, após a qual considerou «não existir qualquer condicionamento legal ou político à normal prossecução do mandato».

Num comunicado conjunto é ainda anunciado que «as forças da oposição, por seu lado, manifestaram a sua disponibilidade para continuar a cumprir o mandato que lhes foi conferido pelos eleitores, na defesa do melhor interesse da cidade».

No final da reunião, Sá Fernandes reiterou que «tem de haver um compromisso político» e, caso este falhe, voltou a admitir a possibilidade de eleições intercalares para a autarquia de Lisboa.

«A Câmara está numa crise profunda de credibilidade. Por isso tem de haver uma renovação», sustentou.

Sá Fernandes afirmou ter obtido hoje a garantia do executivo PSD de que lhe serão entregues todos os documentos cuja consulta tem vindo a solicitar, sobre vários processos, nomeadamente o Vale de Santo António, o empreendimento da Infante Santo e o caso que envolve o Benfica e a EPUL.

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A vereadora Gabriela Seara, responsável pelo pelouro do Urbanismo, anunciou hoje a suspensão do mandato por um período de oito meses, depois de ter sido constituída arguida no âmbito das investigações da PJ às negociações do município com a Bragaparques.

A Polícia Judiciária efectuou terça-feira buscas às instalações da autarquia por suspeitas relativas aos negócios do Parque Mayer e da Feira Popular, envolvendo uma permuta de terrenos com a empresa Bragaparques.

Após a recolha de documentos pela PJ e pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), que visaram também os escritórios da Bragaparques e a EPUL (Empresa Pública de Urbanização de Lisboa), a vereadora do Urbanismo, Gabriela Seara, e o director municipal de Serviços Gerais, Remédio Pires, foram constituídos arguidos.

Foram também realizadas buscas nas casas de Fontão de Carvalho e Gabriela Seara.

A PJ suspeita de crimes como participação económica em negócios, tráfico de influências e corrupção.

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