A vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, Gabriela Seara, pediu esta quinta-feira a suspensão do mandato na autarquia pelo período de oito meses, na sequência da investigação da PJ sobre o processo Parque Mayer, em que foi constituída arguida.
Em conferência de imprensa, a autarca explicou que, após as buscas que ocorreram na Câmara de Lisboa e na sua casa e depois de ter sido constituída arguida, «não tinha condições para continuar». «Todos os meus actos estariam sob suspeita e não consigo trabalhar assim», afirmou.
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Em causa está a permuta, aprovada ao início de 2005, entre os terrenos privados do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, e de parte dos terrenos municipais da Feira Popular, em Entrecampos.
Gabriela Seara pediu a suspensão do mandato por oito meses, tempo que constitui o prazo legal previsto para a conclusão do inquérito, explicou.
A autarca, que disse ainda não ter sido ouvida pelas autoridades, pediu ainda ao Procurador-Geral da República que seja feita uma investigação «rápida» e garantiu que tem a «certeza absoluta da correcção deste processo» na parte em que esteve envolvida.
Na conferência de imprensa, realizada após uma reunião de emergência na autarquia, Carmona Rodrigues disse que há condições políticas para que o executivo cumpra o mandato até ao fim.
O edil lamentou ainda as notícias «falsas» publicadas esta quinta-feira relativamente ao vice-presidente, Fontão de Carvalho, ter sido constituído arguido.
Questionado pelos jornalistas sobre o que a autarquia fará se houver a constituição de novos arguidos - ligados à autarquia -, Carmona Rodrigues considerou que «logo se verá, se tal acontecer».
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa adiantou ainda que pediu uma audiência ao Procurador-geral da República, para solicitar «que toda a investigação decorra da forma mais célere possível, para que a câmara possa continuar o seu trabalho sem suspeições».
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