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Co-incineração: autarcas satisfeitos

Consideram que a suspensão dos testes no Outão «é excelente» para a população e para quem visita a região

A presidente da câmara de Setúbal afirmou esta quarta-feira que a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada de suspender a co-incineração de resíduos perigosos na Arrábida «foi excelente» para a população e para quem visita a região, noticia a agência Lusa.

«Estou extremamente satisfeita, porque se trata de uma decisão excelente em prol da saúde dos cidadãos - daqueles que cá moram e dos que nos visitam - e demonstra que tínhamos razão em confiar na Justiça", disse à agência Lusa Dores Meira.

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A presidente da Câmara de Setúbal comentava a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada de ordenar a suspensão da co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira da Secil, na Arrábida, até à realização de nova avaliação de impacto ambiental.

Pouco depois de tomar conhecimento da decisão do tribunal, a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, disse à Lusa que sempre confiou numa decisão favorável do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada.

«Inicialmente, quando foi levantado o decretamento provisório da providência cautelar, dissemos à população para ter calma, porque tínhamos alguma convicção de que a decisão do tribunal poderia ser favorável às nossas pretensões», lembrou a autarca comunista.

Maria das Dores Meira frisou ainda que «os documentos que serviram de fundamento à providência cautelar não eram uns documentos quaisquer e estavam baseados em argumentos científicos».

Para a presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente, «a decisão do tribunal vem demonstrar que a luta (contra a co-incineração) valeu a pena e que as três autarquias não estavam a agir de forma leviana quando interpuseram a providência cautelar, mas sim com base em pressupostos devidamente fundamentados».

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«Sempre dissemos que não fazia sentido começar a co-incineração de resíduos perigosos sem a realização de um novo estudo de impacto ambiental», acrescentou Ana Teresa Vicente.

O médico João Bárbara, do Movimento de Cidadãos pela Arrábida, que se opõe à co-incineração, também já se congratulou com a decisão do tribunal de suspender a queima de resíduos perigosos na cimenteira do Outão até à realização de novo estudo ambiental, ressalvando, no entanto, que ainda não conhece o teor da sentença.

A administração da Secil só deverá comentar a decisão depois de receber a notificação do tribunal, até porque os responsáveis da cimenteira do Outão esperavam uma decisão que lhes fosse favorável por parte do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada.

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