O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público descreveu como um "fait divers" as críticas feitas pelo deputado do CDS-PP Paulo Portas à participação daqueles profissionais em acções de campanha para o referendo sobre o aborto, escreve a Lusa.
«Não acredito que o Dr. Paulo Portas, que é uma pessoa inteligente, um democrata e uma pessoa moderna não se sinta suficientemente esclarecido sobre esta questão», comentou António Cluny, contactado pela Agência Lusa.
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«Na verdade desde que foi instaurado o regime democrático, que os magistrados sempre foram convidados por todos os partidos políticos a emitir opiniões técnicas e cidadãs sobre as reformas legislativas», adiantou.
Recordou que ele próprio foi convidado pelo CDS, numa data que não pode precisar mas que julga ter acontecido «numa altura em que o Dr. Paulo Portas fazia parte da direcção desse Partido, para intervir em colóquios», organizados pelos populares.
Adiantou tê-lo feito «sem que isso significasse que alguém podia acreditar que eu estava a fazer campanha pelo CDS ou pelo Dr. Paulo Portas».
«Acho que este assunto tem o relevo mediático próprio de uma sociedade mal informada e não merece obviamente o estardalhaço que dele se quer fazer», concluiu o magistrado.
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