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Lisboa perdeu IPO por não ter terreno disponível

Carmona considera que remodelação das instalações permitiam que unidade de saúde permanecesse no mesmo local

O ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carmona Rodrigues, reconheceu hoje que Lisboa perdeu o Instituto Português de Oncologia (IPO) porque não tem terreno disponível, defendendo a permanência daquela unidade de saúde nas actuais instalações.

Em declarações ao Rádio Clube Português, Carmona Rodrigues contou que quando foi contactado pelo ministro da Saúde a propósito deste e de outros projectos, como o Hospital de Todos-os-Santos, pediu aos serviços de planeamento da cidade para ver a possibilidade de arranjar terrenos com a capacidade que lhe foi manifestada pelo Ministério da Saúde.

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Lisboa não tem «sete hectares de terrenos» para construção

«Estamos a falar de terrenos com cerca de sete hectares. Como deve imaginar não é fácil arranjar num município como Lisboa sete hectares de terreno disponíveis para uma construção», sustentou.

Carmona Rodrigues explicou que foi essa razão que fez com que não tivesse havido um entendimento na altura.

O também candidato independente à presidência da Câmara de Lisboa defende que «o IPO, tal como está, é o melhor local possível. Falta se calhar, perante a opinião pública, justificar muito bem porque é que o IPO eventualmente terá de sair dali».

O candidato adiantou que há muitos projectos de remodelação das instalações actuais que se fossem realizados permitiram que o IPO permanecesse no mesmo local.

«São obras que precisam de algum investimento, mas parecia-me que, se assim fosse, seria muito mais económico e muito mais desejável que o IPO se mantivesse onde está» em vez de ser transferido para Oeiras, acrescentou.

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Posição contrária tem o presidente do Conselho de Administração do IPO, Ricardo da Luz que defendeu, em declarações ao Rádio Clube Português, a construção de um novo edifício.

Ricardo da Luz justificou que nas actuais instalações, os edifícios mais antigos, têm cerca de 80 anos, outros cerca de 60, e foram construídos numa época em que a actividade oncológica era uma actividade muito asilar e cirúrgica.

«Hoje a oncologia é algo de completamente diferente em que a grande maioria não é uma actividade asilar, nem de internamento. É uma actividade ambulatória e estas instalações não estão vocacionadas para esse tipo de trabalho», sublinhou.

Segundo Ricardo da Luz, as actuais instalações não encontram «resposta possível» para medidas que têm de ser implementadas em qualquer hospital.

No passado dia 07 de Junho, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, anunciou ter recebido uma «resposta favorável» do governo quanto ao projecto das novas instalações do IPO em Barcarena, num terreno de 12,5 milhões a ser adquirido pela autarquia.

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No dia seguinte, a 08 de Junho, o presidente da Câmara do Cartaxo, distrito de Santarém, disponibilizou um terreno de 12 hectares, junto à A1 (Lisboa-Porto).

Paulo Caldas (PS) destacou a vantagem destes terrenos relativamente a Oeiras, afirmando que o lote está disponível imediatamente.

O terreno em causa insere-se nos 15 hectares destinados à instalação de um «parque de ciência e tecnologia» de uma área de 130 hectares cujo plano de pormenor se encontra em análise na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, explicou.

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