Os CTT têm há vários anos mecanismos para detectar correspondência suspeita, dando formação sobre segurança aos funcionários, mas nem assim é possível excluir totalmente eventuais casos de correio armadilhado, como os que ocorreram em Londres.
Fonte oficial dos CTT disse à Lusa que, embora o sistema possa não ser 100 por cento eficaz, ele permite identificar correspondência suspeita, sem a abrir, cumprindo a exigência de confidencialidade.
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Qualquer volume ou carta suspeitos é encaminhado para o aparelho de Raio-X que os CTT possuem no aeroporto e por onde passa toda a correspondência com destino internacional ou para as ilhas.
«Os mecanismos de segurança dos CTT cumprem no máximo que é possível», disse a fonte, sem garantir, contudo, a cem por cento que não aconteçam situações como as que ocorreram nas últimas semanas no Reino Unido.
Sete cartas armadilhadas foram recebidas nas últimas três semanas no Reino Unido, deixando nove pessoas com ferimentos ligeiros.
Só hoje de manhã, quatro pessoas ficaram feridas - uma das quais tratada no hospital devido a queimaduras nas mãos - devido à explosão de um pacote armadilhado num escritório da agência britânica que gere as matrículas automóveis, em Swansea, no País de Gales.
Terça-feira, duas pessoas ficaram com ferimentos ligeiros devido à explosão de uma carta armadilhada nos escritórios de uma empresa em Workingham, no sudoeste de Inglaterra, ligada a uma agência que fornece à polícia câmaras digitais para medir a velocidade dos veículos.
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Segunda-feira, uma mulher ficou ferida nas mãos devido à explosão de um pacote armadilhado num escritório da empresa Capita (que, entre outras actividades, gere o imposto de circulação no centro de Londres), em pleno centro de Londres.
A fonte dos CTT disse que entre os sinais a que os seus funcionários se encontram atentos estão indicações como a de entrega «pessoal», «urgente» e «frágil», erros de escrita, ausência de remetente, rigidez ou saliências, cheiro e/ou ruído estranhos, fios salientes, manchas.
Os objectos que são isolados na sequência dessa observação são encaminhados para o aparelho de raio-x e, caso se confirme a existência de risco, entregues às autoridades policiais, acrescentou.
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