Paulo Caldas (PS) disse à agência «Lusa» que o «dossier» em preparação, que envolve «um conjunto alargado de políticos, empresários e técnicos», entre os quais «académicos portugueses e estrangeiros», abrange o novo aeroporto e toda a rede de transportes e mobilidade, incluindo a alta velocidade ferroviária, com análise custo-benefício.
Insurgindo-se contra o que considerou ser a «vergonhosa promiscuidade entre interesses económicos, técnicos e políticos a que se está a assistir», o autarca, que integra o grupo de pressão que defende a construção do aeroporto internacional de Lisboa na Ota, afirmou que o «dossier» deverá estar concluído no «final de Setembro, princípio de Outubro».
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Sem querer adiantar pormenores, o autarca afirmou que o dossier em preparação será «explosivo» porque vai «contra a maré de descredibilização de projectos que são estruturantes para o país».
Paulo Caldas lamentou que neste momento existam «interesses económicos a condicionar medidas políticas estruturantes», considerando «uma vergonha nacional o que se está a passar».
«O Governo tem de estar imune a todo o tipo de pressões, incluindo dos autarcas, e tem que tomar uma decisão política rapidamente, com base em dados objectivos, precisos», disse, afirmando que «não se pode perder mais tempo», pois qualquer atraso na construção do novo aeroporto representa perdas de milhões de euros, nomeadamente com obras de ampliação na Portela.
«Reconheço que neste momento não há consenso nesta matéria (construção do novo aeroporto), mas estou convencido que nos próximos tempos se vai confirmar a Ota como a melhor opção», disse.
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