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Pobres estão cada vez mais pobres

Políticas sociais «falharam». Ex-ministro de Guterres ficou «esmagado»

As populações mais pobres foram as que mais empobreceram nos últimos anos, indiciando um falhanço das políticas sociais dirigidas a este sector populacional, segundo dados apresentados este sábado na conferência «Compromisso Cívico para a Inclusão», promovida pela Presidência da República, refere a Lusa.

De acordo com um estudo sobre a «distribuição do rendimento, desigualdade e pobreza em Portugal», apresentado por Carlos Farinha Rodrigues, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão, a taxa de pobreza é maior depois de contabilizadas as transferências sociais.

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Um dado que deixou «esmagado» Daniel Bessa, presidente da Escola de Gestão do Porto, que moderou o primeiro painel da conferência que hoje reúne em Santarém cerca de um milhar de pessoas, num evento que culmina o Roteiro para a Inclusão, iniciado em Maio de 2006 pelo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

«Fiquei esmagado com a evidência do relativo fracasso das políticas de transferências sociais», disse Daniel Bessa perante o dado de que a taxa de pobreza é em Portugal superior à média europeia quando se contabiliza o efeito das transferências sociais (20 contra 16 por cento).

A taxa de pobreza antes da aplicação dessas transferências e do valor das pensões é praticamente idêntica à média europeia (42 contra 43 por cento), tal como acontece quando se soma o valor das pensões (26 por cento em ambos os casos).

«Gostava de saber quanto custam essas políticas, cujo mau resultado está à vista», afirmou Daniel Bessa.

Segundo os dados apresentados por Farinha Rodrigues, Portugal continua a ser o país da União Europeia com maiores níveis de desigualdade (41 por cento contra os 31 por cento da média comunitária a 25) e maiores níveis de pobreza.

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