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Porto: expostos livros proibidos por Salazar

Iniciativa promovida pelo Museu Nacional da Imprensa na Feira do Livro

O Museu Nacional da Imprensa (MNI) vai promover, na Feira do Livro que abre quinta-feira no Pavilhão Rosa Mota, Porto, as exposições «Livros Proibidos na Ditadura de Salazar» e «Gutenberg no cartoon internacional», anunciou hoje fonte do MNI.

Segundo noticia a Lusa, a primeira é uma mostra bibliográfica que integra mais de uma centena de livros e outros documentos ilustrativos da acção dos Serviços de Censura do regime de Oliveira Salazar.

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A mostra inclui livros censurados, autos de apreensão originais e jornais da época com textos sobre literatura e escritores cortados pelo célebre «lápis azul».

Mário Soares, Manuel Alegre, António José Saraiva, José Cardoso Pires, Raul Rego, Jorge de Sena, Rui de Brito, José Afonso, Ary dos Santos, Fidel Castro e Darwin são alguns dos nomes cujos livros foram apreendidos e que podem, agora, ser vistos nesta exposição.

O anúncio da morte do escritor Alves Redol no Primeiro de Janeiro, um texto de José Saramago no Jornal do Fundão e a entrevista a Aquilino Ribeiro no Jornal de Notícias, foram alguns dos artigos cortados na época e que podem ser lidos agora, na Feira do Livro do Porto.

O Comércio de Gaia, Notícias da Amadora e Voz Portucalense também marcam presença com vários textos visados pela Comissão de Censura.

Tudo o que se referisse a sexualidade, revolução, sindicalismo, liberdade, e outros temas sensíveis na época, estava sob a alçada repressiva da Censura e entre as dezenas de autos de apreensão patentes estão alguns do então Ultramar, nomeadamente um de 1965, apreendido em Angola, na Livraria Lello, de vários exemplares do livro «Gabriela Cravo e Canela», de Jorge Amado.

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O público da Feira do livro poderá ver também a exposição «Gutenberg no cartoon internacional», composta por mais de meia centena de desenhos humorísticos sobre o «pai da tipografia».

Os cartoons são provenientes dos vários cantos do mundo, desde a China à Colômbia, e pretendem «ajudar o público a compreender, por detrás do humor, a importância da descoberta da imprensa de caracteres móveis».

As mostras podem ser vistas até 10 de Junho, no horário normal da Feira do Livro, entre as 16:00 e as 24:00.

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