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Fruta e legumes para combater Alzheimer

Alimentos ricos em antioxidantes podem ajudar a controlar a morte de células cerebrais, revela estudo

Alimentos ricos em antioxidantes, como a fruta e os legumes frescos, podem ajudar a controlar a morte de células cerebrais que caracteriza doenças neurodegenerativas como Alzheimer, sugere um estudo em que participou uma cientista portuguesa, refere a Lusa.

A equipa de investigadores do Brigham and Womens Hospital, da Universidade de Harvard (Boston), encabeçada por Dora Dias-Santagata, chegou a essa conclusão ao descobrir que o «stress oxidativo», resultante da acumulação de radicais livres, agrava a neurodegenerescência.

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Em condições normais, o corpo tem capacidade para neutralizar os radicais livres através da produção de antioxidantes. Porém, a poluição e as dietas pouco saudáveis aumentam a exposição aos radicais livres, a que são especialmente sensíveis as células cerebrais - explicou a investigadora.

Estudos anteriores já tinham descoberto sinais de stress oxidativo no cérebro de pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson ou Huntington, mas não se sabia se eram causa ou efeito da doença.

Para responder a esta questão a equipa de cientistas analisou o efeito de níveis diferentes de stress oxidativo num modelo de Alzheimer em moscas da fruta (Drosophila).

Segundo Tiago Outeiro, um neurocientista português que também investiga na Universidade de Harvard os mecanismos moleculares envolvidos nas doenças degenerativas, «este estudo em moscas transgénicas, isto é, que produzem proteínas humanas envolvidas em doenças neurodegenerativas, confirma que o stress oxidativo tem um papel importante no aparecimento e progressão deste tipo de doenças».

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«Se percebermos como e por que é que as células neuronais morrem nestas doenças, seremos capazes de descobrir novas formas de impedir que isso aconteça, evitando o aparecimento e progressão das doenças», afirmou.

O estudo sugere também, na sua perspectiva, que a utilização de compostos antioxidantes, em conjunto com as terapêuticas normais utilizadas nestas doenças, pode ter efeitos benéficos.

Para este estudo, publicado na edição de Janeiro da revista norte-americana Journal of Clinical Investigation, Dora Dias-Santagata recebeu uma bolsa de pós-doutoramento atribuída pela Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal.

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