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Mira Amaral fora da administração da EDP

O ex-presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos Luís Mira Amaral vai recusar integrar a administração da EDP - Electricidade de Portugal, revelou à agência Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, Mira Amaral foi cooptado para administrador da EDP enquanto presidente executivo da Caixa, um dos principais accionistas da eléctrica pública, em substituição do ex-presidente do conselho da CGD, António de Sousa.

A ratificação da nomeação será feita na próxima Assembleia- Geral da EDP, a 7 de Outubro, mas Mira Amaral não assumirá o cargo, segundo adiantou a mesma fonte.

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Esta reunião extraordinária de accionistas foi marcada em Agosto para votar o aumento de capital da eléctrica pública.

A estação de televisão SIC avançou hoje que Mira Amaral vai assumir o cargo de administrador da EDP.

Na Assembleia de Outubro será ainda ratificada a nomeação de um outro administrador, António Afonso de Pinto Galvão Lucas, em substituição de António de Almeida, que renunciou ao cargo.

Mira Amaral e António de Sousa apresentaram a sua demissão ao ministro das Finanças Bagão Félix em meados de Setembro, invocando o falhanço do sistema de dois presidentes na CGD: um para a comissão executiva, outro para o conselho de administração.

Na sequência das demissões, o Ministro das Finanças nomeou Victor Martins para liderar a instituição financeira estatal.

Este gestor é actualmente administrador da EDP, em representação do accionista Estado, mas deverá abandonar o cargo para assumir a presidência da Caixa.

Segundo a fonte ouvida pela agência Lusa, Luís Mira Amaral não está disponível para substituir Martins neste cargo.

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Actualmente, o Estado é o principal accionista da EDP, controlando 18,96% directamente através da Direcção-geral do Tesouro, 7,14% através da Parpública - Participações Públicas (SGPS).

Considerando os 4,84% detidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Estado controla 30,94% da eléctrica.

O segundo maior accionista é o Banco Comercial Português (BCP), com 5,05% capital, seguindo-se a espanhola Iberdrola, com 5%.

A Brisa detém 2% da empresa e a própria EDP controlava, a 31 de Dezembro de 2003, 0,71% do seu capital.

Mais de metade do capital da empresa - 56,30% - encontra-se disperso.

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