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Anúncios chocantes e de mau gosto

Pretendem exortar famílias chinesas a ter um só filho. Frases vão ser proibidas e substituídas

O governo chinês ordenou que sejam retirados os cartazes e anúncios em que são utilizadas expressões demasiado severas ou de mau gosto para exortar às famílias que tenham apenas um filho, segundo informaram as autoridades.

Frases como «um novo bebé significa um novo túmulo» ou «tem menos crianças e mais porcos», que apareceram em algumas aldeias da China, serão proibidas e substituídas por 190 expressões escolhidas pela Comissão Nacional de Planeamento Familiar, informou a agência Nova China.

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Alguns blogs e fóruns da Internet chineses dedicaram-se a procurar e publicar fotografias dos cartazes com as expressões mais graves, do tipo «casas destruídas e vacas confiscadas se for rejeitado o pedido de aborto», o causou polémica entre os internautas.

A comissão que regula a política do «filho único» recomendou a utilização de frases mais positivas, do tipo «a mãe Terra está cansada de apoiar tantas crianças» ou «tanto meninos como meninas merecem o amor dos seus pais» (para evitar o abandono de crianças do sexo feminino em zonas rurais).

De acordo com a instituição, muitos dos actuais slogans «dão a impressão de estar simplesmente a forçar as pessoas a deixarem de ter mais bebés, causando equívocos e prejudicando a imagem do governo».

A comissão também criticou os erros de ortografia nesses cartazes, a fealdade da sua concepção ou a fraca qualidade da impressão.

A política do filho único, introduzida em 1979 para travar o crescimento demográfico da China - nação mais povoada do mundo -, estabelece que a maioria dos pais chineses só pode ter um descendente.

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Há excepções que permitem às famílias rurais ter um segundo filho se o primeiro for rapariga. Também os casais de etnias minoritárias podem ter mais filhos.

A China assegura que esta política a ajudou a controlar a sua superpopulação e fará com que antes da metade deste século a sua população comece a diminuir, embora tenha efeitos secundários negativos, como o desequilíbrio de sexos, o envelhecimento da população ou o aumento de abandonos de crianças do sexo feminino no campo.

Pequim reconhece que a sua política choca com a ideia tradicional chinesa de que uma família é mais feliz quanto mais filhos tiver, o que faz com que em muitas zonas rurais os pais tenham numerosa descendência, mas apenas registem uma ou duas das suas crianças.

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