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Um dia depois da Grécia ter entrado em incumprimento, a diretora do FMI, Christine Lagarde afirmou que o governo grego deve trabalhar para reformar a sua economia antes que os credores aceitem reestruturar a dívida.
Em entrevista à Reuters, a diretora do FMI foi questionada sobre o que deve acontecer primeiro: se os compromissos de reforma por Atenas ou o alívio das dívidas dos governos da zona euro.
“Dado ao momento em que estamos, a minha suspeita é de que seria preferível ver um movimento livre no sentido das reformas, para que possa ser seguido pelo outro lado da balança”, afirmou.
“Aceitamos todos os governos, devidamente eleitos... como parte legítima nas negociações”, afirmou, acrescentando que o referendo é “um processo democrático que deve resultar esperançosamente em mais clareza e menos incerteza quanto ao que é a determinação do povo grego e qual é a autoridade do governo grego”.
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“Recebemos tantas ‘últimas’ ofertas que foram sendo validadas, invalidadas, mudadas, alteradas, ao longo dos últimos dias, que é um pouco incerto onde fica a última proposta”, disse Lagarde.
mas com adultos na sala“Dado o nível de incerteza, confusão e constantes movimentações, penso que é preciso um pouco mais de maturidade” nas negociações, disse.
A diretora do FMI afirmou ainda que o incumprimento no pagamento do reembolso de 1,5 mil milhões previsto para terça-feira “não foi claramente um desenvolvimento positivo” porque impede o Fundo Monetário Internacional de novos financiamentos à Grécia.
Para sair desta situação e beneficiar do apoio dos credores internacionais, sustentou, a Grécia tem de fazer mais reformas estruturais como as previstas nos acordos assinados nos últimos cinco anos com o FMI e as instituições europeias (Comissão Europeia e Banco Central Europeu).
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“Há reformas estruturais, ajustamentos fiscais, a fazer para assegurar que o país está numa trajetória sustentável”, disse Lagarde.
“Quer se olhe para a Irlanda ou Portugal, na zona euro, ou se olhe para outros países noutros continentes, estas situações acontecem, os países têm de tomar medidas difíceis”, disse.
“Por outro lado, é claro que tem de haver uma rede de segurança estabelecida gradualmente” para os mais vulneráveis.
O Eurogrupo decidiu colocar as negociações em "stand-by" até serem conhecidos os resultados do referendo grego de domingo por considerar, segundo o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que "não há fundamentos para continuar a negociar".
Depois de conhecidas as decisões do Eurogrupo, o Banco Central Europeu anunciou que decidiu manter o nível de cedência de liquidez aos bancos gregos, já o FMI emitiu um comunicado em que deixa antever um chumbo ao pedido da Grécia em adiar o pagamento de 1,5 mil milhões de euros.
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Esta quarta-feira, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, garantiu, no discurso que não agradou ao Eurogrupo, que o referendo à proposta dos credores se vai realizar e voltou a apelar ao "não".
Esta declaração surge numa altura em que a Grécia se preparava para aceitar a proposta dos credores que estava em cima da mesa no fim de semana passado, com algumas alterações, segundo uma carta que o primeiro-ministro enviou na terça-feira à noite aos líderes europeus, a que o Financial Times teve acesso.
Na iminência de um terceiro resgate, saiba para onde foi o dinheiro até agora emprestado à Grécia.
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