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Sociólogo de Coimbra alerta para questões éticas das nanotecnologias

João Arriscado Nunes diz que o grande desafio agora é construir «novos planaltos éticos»

As nanotecnologias estão a levantar sérios debates em torno da sua utilização e regulação, sendo o grande desafio agora construir «novos planaltos éticos», defende o sociólogo do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra João Arriscado Nunes.

«Isto não é uma posição pacífica», admite João Arriscado Nunes, que falava à Lusa no Rio de Janeiro, à margem do 7.º Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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«Não vai ser possível chegar facilmente a um acordo de como se deve regular o uso destas nanotecnologias com mecanismos capazes de controlo. É um caminho longo e os problemas são mesmo muitos», afirmou.

O sociólogo defende que o grande desafio é constituir «novos planaltos éticos»: «Espaços onde as questões convergem e procurar experimentar com soluções novas, sabendo que vamos provavelmente cometer muitos erros».

«A nanotecnologia é uma forma de experimentação social e técnica. Por um lado é científica, mas por outro é inseparavelmente experimental e tem a ver com a forma como a sociedade está a ser transformada. Estamos numa situação em que a palavra de ordem é experimentação social e política para ver se funcionam», referiu.

As nanotecnologias estão presentes em centenas de produtos de consumo, como cosméticos, tecidos e aparelhos electrónicos. As tecnologias emergentes desafiam o imaginário e geram esperança para possíveis curas de doenças ou aperfeiçoamento de medicamentos no campo da saúde. É uma ciência que trabalha com estruturas que têm somente algumas dezenas ou centenas de bilionésimos de metro.

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