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«Eu quero um referendo.com»

UE: movimento britânico ergueu urna insuflável às portas da cimeira

Uma barreira metálica. De um lado, a área zelosamente vigiada da Cimeira da União Europeia, do outro, um espaço de contestação ao rumo da Europa, que está a ser decidido a poucos metros dali. Deste lado, uma enorme urna preta insuflável, com um endereço da Internet inscrito, sobressai entre a multidão. « Iwantareferendum.com» (eu quero um referendo). Ao lado dela, um britânico explicou ao PortugalDiário que «as pessoas têm direito à consulta popular ao Tratado que os políticos prometeram». «É por isso que estamos aqui».

Antes dos repórteres deste jornal terem percebido quem teria erguido a estrutura, um gigante de dois metros aproxima-se. «Olá, o meu nome é Mats Persson». Um minuto depois, explicava que não estava ali por causa da contestação da CGTP à flexigurança, mas sublinhou: «Se eles também querem um referendo para fazer ouvir a sua voz, certamente, também estamos com eles».

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O britânico explicou que o movimento que representa conta com o apoio de deputados dos principais partidos políticos britânicos, porque, «esta é uma causa em crescimento».

«Neste momento, o referendo é extremamente importante, porque é uma promessa feita em vários países e agora os líderes querem voltar atrás com essa promessa. De um ponto de vista democrático isso é inaceitável. É por isso que isso que estamos aqui», apontou.

«No Reino Unido, conseguimos o apoio de 25 mil pessoas, nas últimas semanas. Esta é a campanha política britânica em mais rápido crescimento. E há muitas outras petições a circular no Reino Unido a favor do referendo. Há por isso uma grande pressão», afirmou.

Além de realçar «a promessa dos políticos» de que o Tratado não dispensará uma consulta popular, Persson acrescentou que o documento que pode sair entre hoje e amanhã de Lisboa «representa mudanças na forma como a União Europeia é governada» e no «modo como se relaciona com os Estados-membros».

«Penso que existe uma transferência de mais poderes para Bruxelas e por isso as pessoas devem ser consultadas», defendeu. No caso de ver realizado o seu desejo, o britânico disse que «pessoalmente» votará não. Mas fez questão de dizer: «Há muitas pessoas do nosso movimento que votariam sim. Só que gostavam de ser consultados antes».

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