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UE: «grandes» querem referendo ao Tratado

Sondagem divulgada pelo diário económico Financial Times

Uma larga maioria dos eleitores dos cinco maiores países da União Europeia - Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália - defende um referendo ao novo Tratado europeu, revela uma sondagem divulgada hoje pelo diário Financial Times, noticia a Lusa.

A sondagem, realizada entre 3 e 15 de Outubro pela Harris junto de 5.064 adultos dos cinco países, é publicada pelo jornal britânico no dia em que os chefes de Estado e de Governo dos 27 iniciam em Lisboa uma cimeira na qual a presidência portuguesa da UE pretende fechar um acordo sobre o Tratado Reformador.

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O novo Tratado, que deverá ficar conhecido como «Tratado de Lisboa», substitui o fracassado projecto de Constituição europeia, inviabilizado pela vitória do «não» nos referendos realizados em França e Holanda em 2005.

De acordo com a consulta, 76 por cento dos Alemães, 75 por cento dos Britânicos, 72 por cento dos Italianos, 65 por cento dos Espanhóis e 63 por centos dos Franceses defendem que o novo projecto deve ser alvo de consulta pública durante o processo de ratificação que se seguirá à assinatura do Tratado, previsivelmente em Dezembro em Lisboa.

O futuro Tratado europeu, que Lisboa pretende «baptizar» até final do ano, terá de ser ratificado até à Primavera de 2009 pelos 27, que agora procuram evitar as consultas populares, para evitar surpresas como as que «condenaram» o projecto antecessor de Constituição Europeia.

Contudo, pelo menos na Irlanda haverá referendo, e a pressão da opinião pública pode forçar outros, designadamente no Reino Unido e na Dinamarca, sendo opinião de analistas que, se algum Estado-membro optar voluntariamente por realizar uma consulta (na Irlanda é obrigatório) isso poderá traduzir-se numa «bola de neve» e levar outros governos a ter de fazer o mesmo.

Neste momento, 17 países já anunciaram que não realizarão referendos - entre os quais França e Holanda -, a Irlanda realizará uma consulta popular e sete países ainda não anunciaram a forma como pretendem ratificar o documento, entre os quais Portugal, que chegou a ter previsto um referendo ao «Tratado constitucional».

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