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DocLisboa 2011 terá ciclo inédito sobre a guerra colonial

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Festival decorrerá em Outubro

O DocLisboa 2011 terá em Outubro um ciclo de cinema dedicado à guerra nas ex-colónias portuguesas, a partir de um levantamento inédito que está ainda a ser feito, disse esta sexta-feira a nova directora, Anna Glogowski.

A próxima edição do DocLisboa, de 20 a 30 de Outubro, será de transição, com Sérgio Tréfaut a passar o testemunho na direcção a Anna Glogowski, mas a nova responsável tem já algumas ideias do que deve ser o mais importante festival português dedicado ao documentário.

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«Uma das partes interessantes de um festival de documentário é a criação de património, de um instrumento de trabalho que vai servir talvez para o futuro», disse Anna Glogowski à agência Lusa, no final de um encontro de apresentação da nova direcção do DocLisboa e da Apordoc, a associação que o organiza.

Esta vertente será este ano posta em prática com a exibição de um ciclo sobre a guerra colonial e com a criação de um catálogo para memória futura. «Foram feitos muitos filmes de gente do mundo inteiro e está a tentar fazer-se um levantamento de coisas que são ainda visíveis para fazer uma programação que tenha sentido», referiu a directora.

Outra das novidades em Outubro será a realização de uma retrospectiva da obra do realizador francês Jean Rouch em parceria com a Cinemateca, com a exibição de filmes que foram recentemente restaurados e digitalizados.

Na equipa do DocLisboa mantém-se Augusto M. Seabra como programador associado, que defendeu uma ideia de festival mais pequeno, com menos filmes e menos salas. «As dificuldades orçamentais pesam, mas não só. Não vale a pena programar se os filmes não forem devidamente apreciados», sublinhou o programador, defendendo a ideia de que menos filmes representam mais cinema para o espectador.

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«É importante diminuir um pouco, porque não é um problema de qualidade, mas de não criar frustração no público. É melhor que fiquem frustrados por não entrarem numa sala do que ficar frustrados porque não conseguiram ver tudo», reforçou Anna Glogowski à Lusa.

Em termos de programação, manter-se-ão as secções competitivas, as retrospectivas, um país-tema e a presença de um realizador relevante na área do documentário. «O documentário é a tentativa de falar do real, de mostrar a parte invisível do real», descreveu a directora da mostra.

Anna Glogowski foi escolhida por concurso pela Apordoc, que organiza o DocLisboa. A associação tem uma nova direcção, com mandato até 2012, e é presidida pelo realizador Manuel Mozos, contando também com Maria João Taborda, Susana de Sousa Dias, Fernando Carrilho e Sandro Araújo.

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