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IndieLisboa`11: programação escapa à crise

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Festival decorre de 5 a 15 de Maio e apresentou-se oficialmente

O IndieLisboa`11 fez esta terça-feira a apresentação oficial com a crise portuguesa em fundo e condicionadora da 8ª edição do Festival Internacional de Cinema Independente. A excepção à conjuntura, frisou a organização, verifica-se no que respeita à programação, que foi anunciada no Palácio Galveias, em Lisboa, pelos três directores festival.

Se a edição de 2010 se consagrou como a maior de sempre (com um recorde de 45 mil espectadores em sala), «o Indie sofreu na pele» com a actual crise sendo os exemplos de Rui Pereira os cortes de 20 mil euros no apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual e o corte na totalidade dos 50 mil euros esperados do Instituto do Turismo.

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«Foi o ano mais difícil», frisou Rui Pereira em relação à edição de 2011 cujas ambição e expectativas decorrentes do ano anterior tiveram de ser refreadas. O director do Indie esclareceu que «a sustentabilidade do festival pode estar em risco», pelo menos nos moldes com que tem vindo a realizar-se: «Ou a situação muda ou terá de ser o festival a adaptar-se.»

Este ano houve não só ideias novas que, pelo menos, tiveram de ficar em suspenso; houve também dois projectos que terminaram: as Lisbon Screenings (sessões de filmes portugueses inéditos para programadores e distribuidores estrangeiros); e o IndieLisboa Days - Portuguese Cinema on Tour (programa de filmes portugueses do festival a serem exibidos no estrangeiro).

A programação deste ano também é mais reduzida, mas, neste caso, a crise não é sinónimo de menor qualidade. Nuno Sena referiu que o Indie terá «uma programação muito forte que não fica a dever à anterior», apesar de reconhecê-la como «mais contida. «Na programação não houve crise», pois o que aconteceu foi que aquela acabou por ser «mais apurada», explicou o director do festival.

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As secções oficiais mantêm-se todas: Competição Internacional; Observatório; Cinema Emergente; Pulsar do Mundo e IndieJúnior - para a qual «já há mais de 5 mil inscrições» com as várias iniciativas (como os workshops) em vista, revelou o terceiro director do festival, Miguel Valverde.

Na secção Cinema Emergente destaca-se ainda uma programação especial de 18 filmes da escola Le Fresnoy - studio national des arts contemporaines: e no IndieJúnior haverá uma programação especial de 11 filmes do estúdio de animação Folimage.

As secções paralelas Director`s Cut, IndieMusic e Sessões Especiais também continuam este ano, que terá Júlio Bressane como Herói Independente, com a exibição de 17 filmes do realizador brasileiro. O cinema português está representado por 30 filmes (entre 9 longas-metragens e 21 curtas).

O Indie terá 245 filmes (82 longas-metragens e 163 curtas) seleccionados de entre 3720 obras. Cento e oitenta dos filmes do festival são europeus; 7 são da Ásia; 56 são americanos; e há ainda um africano e outro da Oceânia . Entre os géneros, há 114 ficções, 63 documentários, 43 animações, 37 filmes experimentais e 4 vídeos de música. Do total de 245 filmes, 28 serão estreias mundiais, 15 serão estreias internacionais, 4 serão estreias europeias e 163 serão estreias nacionais.

O Indie decorre entre os dias 5 e 15 de Maio. Os filmes exibidos no primeiro dia serão «Carlos» de Olivier Assayas, e «Les Amours Imaginaires» (na cerimónia de abertura), de Xavier Dolan. Por Lisboa vão também passar filmes como «Kaboom», de Gregg Araki, e «Essential Killing», de Jerzy Skolimowski, ou «Mulberry St.», de Abel Ferrara, e «A Letter to Elia», de Martin Scorsese e Kent Jones.

Entre as actividades paralelas, onde continuam a constar as Lisbon Talks ou a animação nocturna Indie by Night, este ano inclui-se o concerto dos Tindersticks, que vão tocar a música para os filmes de Claire Denis (que também serão invocados visualmente), dia 11 de Maio na Aula Magna.

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