«Comboio Noturno Para Lisboa» estreia esta quinta-feira nos cinemas e Jeremy Irons volta a caminhar por Lisboa. É um regresso de poucos dias, agora para apresentar o filme que rodou na cidade há exatamente um ano.
«É bom estar de volta a Lisboa, apesar do dia ligeiramente cinzento. Mas Lisboa tem o seu charme seja qual for o estado o tempo», disse o ator em entrevista ao Cinebox.
PUB
Faça chuva ou faça sol, Lisboa será sempre Lisboa, à boleia do «comboio noturno». Jeremy Irons ficou a conhecê-la um pouco melhor do que quando a conheceu há 20 anos a convite do mesmo realizador.
«Vivemos um período maravilhoso quando rodámos "A Casa dos Espíritos" aqui. Mas, também agora, trabalhar com ele novamente... Ele é maravilhoso, um ator com muitas qualidades. Foi por isso que decidimos que o Jeremy deveria ser o protagonista», contou Bille August ao Cinebox.
O protagonista da história é um professor suíço atraído pelo mistério de um livro escrito por um médico português sobre Portugal pré-25 de abril.
«É uma personagem que está a par da elegância, da delicadeza, da fragilidade da vida e da felicidade», explicou Irons.
O filme oscila entre as angústias do passado e as dúvidas do presente com um cenário que se repete. Algumas das maravilhas de Lisboa estão bem à vista nesta co-produção da Alemanha, Suíça e Portugal, feita com um elenco ainda mais internacional.
PUB
Nicolau Breyner falou do «prazer» em participar num filme «em que Lisboa é a vedeta e uma grande atriz». «É um caminho aberto para outras grandes produções», acrescentou.
Jeremy Irons não tem dúvidas que Lisboa terá um potencial que outras cidades europeias não têm.
«A Europa está cheia de cidades às quais atiraram dinheiro. E sim, os edifícios podem até estar em melhores condições e serem mais novos. Mas o charme não mora lá. E esse charme particular é algo que eu acho que é altamente capitalizável. E espero que, quando ultrapassarmos esta terrível recessão, Portugal veja o que tem», afirmou o ator.
O «Comboio Noturno Para Lisboa» está em movimento, também a provar que, apesar da crise, o cinema não para por cá, quanto mais não seja em co-produções internacionais. Esta custou 8 milhões de euros - cerca de metade foi gasta em Portugal e a maioria dos colaboradores, cerca de uma centena, é também portuguesa.
PUB