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Cannes presta tributo a Manoel de Oliveira

Realizador português vai ser homenageado esta segunda-feira

O realizador português Manoel de Oliveira vai estar esta segunda-feira no Festival de Cinema de Cannes, França, para ser homenageado pela organização do evento, informa a Lusa.

À tarde, no Grand Théâtre Lumière, será exibida a curta-metragem documental «Douro, Fauna Fluvial», de 1931, considerada o primeiro filme de Manoel de Oliveira.

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Prestes a celebrar 100 anos, Manoel de Oliveira é um testemunho vivo da evolução da arte do cinema, da passagem do mudo ao sonoro, do preto e branco ao technicolor, «uma personalidade que acompanhou um século de cinema», refere a direcção do festival.

Nesta homenagem, na qual estará presente o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, o presidente do festival de Cannes, Gilles Jacob, apresentará ainda um filme-surpresa a exibir na sessão.

O festival de Cannes, o mais prestigiante dos eventos de cinema na Europa, tem acompanhado a cinematografia de Manoel de Oliveira de forma regular há mais de duas décadas, embora uma das primeiras distinções tenha sido atribuída em 1961 ao filme «Aniki-Bóbó».

Manoel de Oliveira mantém uma relação muito próxima com o cinema francês, com co-produções e a participação de actores como Catherine Deneuve e Michel Piccoli nos seus filmes e tem sido presença assídua em Cannes.

«Os Canibais» (1988), «O convento» (1995), «A carta» (1999), «Vou para casa» (2001) e «O Princípio da Incerteza» (2002) estiveram nomeados para a Palma de Ouro, o prémio máximo atribuído em Cannes.

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«Viagem ao Princípio do Mundo» (1997), protagonizado por Marcelo Mastroianni, foi distinguido com o prémio FRIPESCI e com o prémio do júri ecuménico e «A carta» (1999), com Chiara Mastroianni, recebeu o prémio do júri na edição de 1999.

Em 2007, quando o festival de Cannes cumpriu 60 edições, Manoel de Oliveira foi um dos 35 realizadores convidados pela direcção do evento para realizar uma curta-metragem subordinado ao tema «A cada um o seu cinema».

Manoel Oliveira vai estar presente em Cannes para participar também nas comemorações dos 40 anos da secção paralela «Quinzena dos Realizadores».

O realizador deverá iniciar ainda este ano a rodagem do filme «Singularidades de uma rapariga loura», a partir de um conto de Eça de Queirós.

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