O Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde que começa este sábado a sua 16ª edição, não rejeita o orgulho por ter fomentado a proliferação de festivais congéneres em Portugal, refere a agência Lusa.
«A concorrência de outros festivais do género, que entretanto apareceram, não é motivo de preocupação, antes um motivo de orgulho», afirmou Dario Oliveira, um dos quatro directores do «Curtas». «Tanto mais que os realizadores continuam a preferir-nos para as suas estreias», acrescentou
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Dario Oliveira sublinhou a importância dos festivais de curtas-metragens na promoção da cinematografia portuguesa, embora admitisse a dificuldade em «passar a mensagem» sobre a importância de eventos que «celebram a contemporaneidade», a par dos que «celebram a tradição».
«Não sendo um festival dirigido para a cidade, enquadra-se nela. Não sendo um evento para promover a cidade, projecta-a, dada a projecção internacional do certame», referiu o responsável.
O «Curtas» é um bom investimento para Vila do Conde
Dario Oliveira disse que o «Curtas» mexe com o «público jovem e com os agentes locais», gerando 60 postos de trabalho sazonais, movimentando milhares de pessoas nos restaurantes da cidade e lotando os estabelecimentos hoteleiros.
O presidente da Câmara de Vila do Conde considerou Festival de Curtas-Metragens um «bom investimento» para cidade. «É muito importante na nossa acção cultural e na promoção de Vila de Conde», acrescentou Mário de Almeida.
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Para a sessão de abertura deste festival, que vai prolongar-se até dia 13, a organização escolheu a longa-metragem «The King of Ping Pong», do cineasta sueco Jens Jonsson. Outros filmes em destaque são duas curtas-metragens de realizadores consagrados, sendo uma de Lars von Trier e a outra de Martin Scorcese.
Festival conta com obras de Yu Lik-Wa, Martin Arnold e Lisando Alonso
O 10º Curtas em Vila do Conde recebeu um total de 2.194 inscrições de 74 países para as diferentes secções competitivas do Festival, tendo o júri de selecção escolhido 38 curtas-metragens para as nove sessões da Competição Internacional, 15 filmes para as três sessões da Competição Nacional e 19 vídeos musicais para exibir numa sessão única.
A secção competitiva integra ainda a competição de filmes de escola, Take One!, a apresentar em duas sessões. O programa prevê também as secções «Cineastas em foco», com retrospectivas que vão centrar a sua atenção nas obras de Yu Lik-Wa, Martin Arnold e Lisando Alonso, na presença dos realizadores.
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