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Documentário de Jorge Pelicano selecionado para dois festivais lá fora

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"Pára-me de repente o pensamento" vai integrar a programação do Inquietudo Film Festival, na Áustria, e o Krakow Film Festival, na Polónia

Em "Pára-me de repente o pensamento", cujo título advém de um poema de ngelo de Lima, o ator Miguel Borges entra no hospital psiquiátrico Conde de Ferreira e lá permanece durante três semanas para preparar uma peça de teatro sobre loucura, acabando por fazer parte do elenco de uma outra peça sobre os mais de 130 anos da instituição. Jorge Pelicano contou que este foi um filme "muito difícil de fazer, com muitas limitações". "Às vezes havia utentes que não tinham noção do que eu estava a fazer. Houve histórias que não consegui contar porque não sabia a maneira de as contar", reconheceu. Jorge Pelicano, realizador e repórter de imagem em televisão, é autor dos documentários "Ainda há pastores?" (2006) e "Pare, escute, olhe" (2009).

O documentário "Pára-me de repente o pensamento", de Jorge Pelicano, rodado no hospital psiquiátrico Conde de Ferreira, no Porto, foi selecionado para dois festivais, na Áustria e na Polónia.

O Inquietudo Film Festival, dedicado ao cinema em língua portuguesa, começa hoje em Viena e o filme de Jorge Pelicano será exibido na sexta-feira. No Krakow Film Festival, que começa no dia 31 em Cracóvia, o filme passa nos dias 2 e 4 de junho, indica a Lusa. 

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O documentário foi exibido no DocLisboa 2014, já teve estreia comercial (com mais de 3.000 espectadores) e recebeu vários prémios, nomeadamente nos Caminhos do Cinema Português e no festival Signes de Nuit (Alemanha).

O filme procura ser "muito de diálogos e de tentar perceber que há muita lucidez no meio daquele pensamento, naquele cérebro que tem uma doença", disse à Lusa, no início deste mês, Jorge Pelicano.

"Interessa-me, do ponto de vista cinematográfico, retratar lugares ou instituições desconhecidas. Os hospitais psiquiátricos fazem parte desse leque do desconhecido porque ao longo de décadas nunca foram espaços abertos à sociedade em geral e muito menos ao cinema"

Isto porque, para além de o próprio hospital ter de cumprir a sua missão de proteger os utentes, uma das premissas do documentário "era tentar contar uma história, mas uma que conseguisse respeitar aqueles utentes que lá estão".

"É um filme duro, mas também com algum riso, porque há personagens que são engraçados e que nos ajudam a rir e que livram alguma dureza que o próprio filme tem. É um filme de amor, porque há muito amor naquele filme. O Miguel Borges sentiu muito amor, muito carinho, muito afeto"

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