Quentin Tarantino mostrou-se bastante irritado durante uma recente entrevista ao canal britânico Channel 4. O realizador de «Django Libertado» não gostou da insistência do jornalista nas perguntas sobre a possível ligação entre a violência nos filmes e os recentes tiroteios nos EUA.
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«[Um filme] é fantasia, não é a vida real. Vês, por exemplo, um filme de kung-fu em que um tipo luta contra 100 homens num restaurante. É divertido!», começou por explicar Tarantino.
O cineasta norte-americano chamou a atenção para o facto de «Django Libertado» estar a criar um debate público sobre o esclavagismo nos EUA «pela primeira vez em 30 anos».
Mas Tarantino acabou por irritar-se, quando o jornalista lhe perguntou «por que razão tem tanta certeza de que não existe uma ligação entre gostar de um filme violento e gostar de violência real».
«Não me faça uma pergunta dessas, eu não vou morder o isco, recuso a sua pergunta», disse o realizador.
«Não sou seu escravo e você não é o meu senhor. Não me vai fazer dançar à sua maneira, não sou o seu macaco», atirou, acusando o jornalista de estar a tentar forçar uma resposta que Tarantino não queria dar.
Com estreia marcada em Portugal marcada para 24 de janeiro, «Django Libertado» conta a história de um antigo escravo que procura vingar-se de um fazendeiro esclavagista que lhe raptou a mulher. A película está nomeada para cinco Óscares, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator Secundário (Christoph Waltz), e Tarantino ganhou no domingo o Globo de Ouro para Melhor Argumento.
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