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Óscares: aposta em MacFarlane compensou nas audiências

Apesar das polémicas, ou mesmo por causa delas, a barreira dos 40 milhões foi superada, graças ao público jovem

Enquanto as opiniões e a crítica especializada continuam a dividir-se sobre as qualidades e defeitos de Seth MacFarlane como apresentador dos Óscares, os números deram razão à aposta dos novos produtores da gala, Craig Zadan e Neil Meron: a ABC, que assegurou a transmissão a partir do Dolby Theatre, em Los Angeles, conseguiu uma audiência estimada em 40,3 milhões de espetadores, o melhor desempenho televisivo da noite dos Óscares nos últimos três anos.

Sendo por tradição o segundo evento mais visto pelos americanos, logo após o Superbowl, o espetáculo dos prémios da Academia iniciou, com a viragem do milénio, um progressivo declínio, que tem feito cair os números finais. No ano passado, o espetáculo apresentado por Billy Cristal foi visto por 39,3 milhões, valor que fez perder a segunda posição no ranking anual para a entrega dos Grammys, acompanhada por 39,9 milhões, um número inflacionado pela ressaca da morte de Whitney Houston, algumas horas antes da cerimónia.

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Desta vez, o espectáculo apresentado por MacFarlane deixou os Grammys (que se ficaram pelos 28 milhões) a perder de vista, e voltou a superar a fasquia dos 40 milhões, algo que só tinha acontecido por uma ocasião nos últimos cinco anos. Apesar da polémica criada por algumas piadas consideradas sexistas, ou precisamente graças a ela, MacFarlane conseguiu também contrariar a perda de impacto dos Óscares junto do público mais jovem, registando um crescimento de 34 por cento no segmento de espetadores entre os 18 e os 34 anos, de acordo com os números da Nielsen.

O número total de espetadores da noite dos Óscares teve o seu máximo histórico (55,2 milhões) na edição de 1998, quando Titanic levou todos os prémios principais. A aposta dos produtores nesta 85ª edição passou pelo rejuvenescimento da marca, com a designação oficial a recuperar o nome de Óscares, em detrimento dos mais formais Prémios da Academia. MacFarlane, criador de culto de séries que são fenómenos de popularidade junto do público jovem, como American Dad, Family Guy e The Cleveland Show, admitiu já que não deverá ser o apresentador da próxima cerimónia dos Óscares, em 2014, devido a incompatibilidades de agenda.

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