O responsável alerta, no entanto, que é preciso descontar o tempo que vai ser necessário para a elaboração dos novos estudos, mas acredita que vão ser mais rápidos do que os feitos para a Ota.
Outra vantagem apontada por Francisco Van Zeller diz respeito à eliminação da especulação imobiliária, já que os terrenos são totalmente detidos pelo Estado. «A especulação imobiliária simplesmente desaparece», acrescentou.
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«O estado tem ainda a mais valia de ter hectares disponíveis para alargar o aeroporto se assim o desejar», salienta.
CIP defende aeroporto pequeno de início com possibilidade de expansão
Van Zeller defende, no início, a construção de um aeroporto mais pequeno ou inaugural, que vá crescendo à medida das necessidades. Esta proposta vai contra o modelo defendido para a Ota que classifica como «modelo rígido».
O dirigente da CIP exclui também a existência do aeroporto da Portela, ou seja, para este é «necessário construir um novo aeroporto mas que seja o único a funcionar».
Considera, ainda, que as obras do aeroporto de Alcochete serão mais fáceis e como tal «é mais provável ficarem nas mãos dos empreiteiros portugueses», ao contrário do que acontecia na Ota».
Van Zeller não vê, no entanto, esta promessa de análise alternativa à Ota, como derrota do Governo: «Mário Lino deu uma encomenda deste aeroporto e esta a cumprir uma decisão do Conselho de Ministros».
Reconhece, também, que poderão haver futuros contactos com o Governo e admite que a elaboração deste estudo foi feita sem consentimento da actual direcção da CIP.
Recorde-se que a elaboração deste estudo foi combinada com o primeiro-ministro, José Sócrates, «que se comprometeu a levar a sério as conclusões deste documento e a não tomar nenhuma atitude irreversível durante a realização do mesmo», remata.
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