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PCP tenta salvar Mata do Choupal

Novo traçado do IC2 contraria pareceres negativos do Instituto de Conservação da Natureza

O deputado comunista António Filipe anunciou, esta segunda-feira, em Coimbra, que o seu grupo parlamentar vai apresentar um projecto de resolução, recomendando ao Governo que recue na solução de atravessamento do Choupal pelo novo traçado do IC2, noticia a Lusa.

«Iremos apresentar um projecto de resolução, recomendando ao Governo que recue nesta perspectiva de fazer aqui a travessia do IC2, que, aliás, contraria pareceres negativos, designadamente do ICN [Instituto de Conservação da Natureza], e que estude uma outra alternativa», revelou o vice-presidente da Assembleia da República, em conferência de imprensa na Mata Nacional do Choupal.

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António Filipe, que se reuniu antes com elementos do movimento cívico Plataforma do Choupal, frisou que a solução alternativa deve «preservar integralmente a Mata do Choupal».

Segundo o deputado, o objectivo é que o projecto de resolução do PCP seja discutido em simultâneo com o debate da petição contra o novo traçado do IC2 em Coimbra, nomeadamente contra a nova ponte sobre o Rio Mondego e o Choupal, que foi subscrita por cerca de 10 mil pessoas.

«É uma possibilidade legal e regimental que existe, que, aquando da discussão de uma petição, havendo iniciativas parlamentares sobre o mesmo objecto, possa haver um arrastamento do agendamento e que haja uma deliberação da Assembleia da República», adiantou.

«Esperamos que, assim, as entidades, os deputados, correntes de opinião que já se manifestaram a favor da defesa do Choupal tenham aí oportunidade de exprimir, através do voto na Assembleia da República, a sua posição. Confiamos que o bom senso prevalecerá e que esta perspectiva de destruição de mais quatro hectares da Mata do Choupal seja travada», afirmou.

Na sessão, o candidato da CDU à Câmara de Coimbra, Francisco Queirós, da direcção da Organização Regional do PCP, exprimiu «uma preocupação profunda com o estado das matas nacionais», defendendo ainda que o Estado e os organismos governamentais «devem assumir claramente a defesa e preservação» deste património.

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