O CDS-PP vai apresentar no Parlamento um projecto que recomenda ao Governo a inclusão progressiva da vacina do colo do útero no Plano Nacional de Vacinação, abrangendo já em 2008 as raparigas com 10 e 11 anos.
«Com a evolução da ciência, o cancro do colo do útero - o segundo mais comum entre as mulheres - pode ser prevenido com uma vacina 100 por cento eficaz contra o vírus do papiloma humano, responsável por três quartos do cancro do colo do útero», sublinhou a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro em declarações à Agência Lusa.
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Esta vacina está disponível em Portugal desde o início de 2007 mas as três doses custam perto de 500 euros.
«Como a vacina não está incluída no plano nacional de vacinação e não tem qualquer comparticipação, é uma tremenda injustiça social, quem não tem dinheiro fica sujeito com muito maior probabilidade a este cancro», alertou, sublinhando que «morre uma mulher por dia em Portugal vítima deste tipo de cancro».
Por esta razão, o CDS-PP vai entregar hoje na Assembleia da República um projecto de resolução que faz algumas recomendações ao Governo.
«Em primeiro lugar, queremos que o Governo encontre uma forma de baixar o preço da vacina», disse, salientando que em Espanha foi criada uma comissão interministerial que conseguiu baixar o preço para 300 euros.
Por outro lado, o CDS pede uma entrada «progressiva e faseada» da vacina no Plano Nacional de Vacinação, reconhecendo que o alargamento imediato a toda a população feminina teria «custos incomportáveis».
«Todos os especialistas dizem que a vacina é mais eficaz na pré-adolescência e adolescência, ou seja entre os 10 e os 16 anos», disse.
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Por essa razão, em 2008 o CDS pretende que a vacina seja integrada no Plano Nacional para as raparigas de 10 e 11 anos, em 2009 alargada às que têm 12 e 13 anos e assim sucessivamente de forma a abranger, em 2011, toda a população feminina entre os 10 e 16 anos.
Para a população feminina não abrangida por esta medida, os democratas-cristão propõem uma comparticipação do Estado na vacina, como acontece no caso das vacinas contra a gripe.
«Estamos na fase de preparação do Orçamento de Estado para 2008, é altura de dar um passo em frente», afirmou Teresa Caeiro, salientando que esta vacina permite «salvar muitas vidas» e «poupar muito dinheiro» no tratamento futuro de doenças oncológicas.
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