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Repórter TVI: «Mama Sumae» (Parte II)

Rui Araújo acompanhou treino de militares que vão para o Afeganistão

A primeira unidade de Comandos é formada em Angola em 1962. Depois - e à medida que a guerra alastra - são criadas mais unidades na Guiné e em Moçambique. A integridade e a segurança das províncias ultramarinas são uma prioridade para o regime.

«Uma pequena unidade de Comandos que se prepara minuciosamente como é sua característica para uma acção de assalto a um acampamento inimigo. À medida que o objectivo vai estando mais próximo, maiores são as preocupações não só em segurança como na manutenção da surpresa. No momento preciso a cautela dá lugar ao ímpeto irresistível do assalto. Movendo-se alternadamente, protegidos pelo fogo dos outros, os Comandos correm agora para o acampamento a fim de aproveitarem o efeito de surpresa conseguido pela progressão silenciosa». (Filme de propaganda)

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Apesar do passado - dos sucessos na guerra em África e da participação decisiva no golpe militar que permitiu a consolidação do regime democrático, em Novembro de 1975 -, o Regimento de Comandos acaba por ser desactivado em 1993. Oito anos depois, em Dezembro de 2001, o Exército determina a reactivação de uma unidade de escalão Batalhão com duas Companhias. Meses depois, os Comandos ocupam as instalações do Regimento de Infantaria Nº 1, aqui, na Serra da Carregueira. Hoje, dispõem de 3 companhias, 320 homens.

A partir de 2005, os Comandos são destacados para o Afeganistão, integrados na Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF), sob a égide da NATO.

Os militares portugueses conduzem operações em Cabul - a capital -, no noroeste e no Sul do país, designadamente em Kandahar, primeira capital do Afeganistão, terra do clã Karzai e da sua tribo, e centro da insurreição.

«Em África, os guerrilheiros dos movimentos de libertação seriam mais facilmente identificáveis. Porquê? Porque, se calhar, havia da parte da população um intentar separar, havia um grande volume de informações sobre os movimentos destes guerrilheiros enquanto que no Afeganistão não. Porquê? Para já, a população não é completamente favorável à presença das forças estrangeiras. Ao mesmo tempo, é muito fácil para eles dissimularem-se no meio da própria população já que têm o apoio desta, digamos assim. Se não declarado, pelo menos encapotado», revela o sargento-mor António Rocha.

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As Forças Armadas portuguesas participam desde Agosto de 2008 em acções de cooperação técnico-militar.

«Prestem lá atenção! Quatro fitas por homem, OK? Vocês chegam aqui, levantam quatro fitas, OK? E vão para a posição deitado. Sugestões que queiram colocar?»

«É uma Força extremamente versátil. É uma Força que num teatro extremamente exigente como é o teatro do Afeganistão, materializa o reconhecimento da capacidade da Força e da capacidade do Exército para estar em parceria com outros exércitos naquilo que são os teatros de operações mais exigentes», diz o general José Luís Ramalho, chefe do Estado-Maior do Exército.

O treino operacional - o «aprontamento», na gíria castrense - para o Afeganistão é longo - 3 meses e tal - e complexo. E não é só por causa da diversidade do armamento orgânico da força: espingarda automática G3, metralhadora pesada Browning, lança-granadas LG HK 79, metralhadora ligeira MG3, lança-granadas automático LG 6, canhão sem recuo anti-carro portátil Carl Gustav de 84mm, lança-granadas foguete de 66mm LAW e mísseis MILAN.

O Afeganistão é um dos teatros de guerra mais difíceis do planeta.

Leia aqui a continuação da reportagem

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