Alexandre Soares dos Santos, que falava num encontro com jornalistas esta terça-feira em Varsóvia para assinalar a abertura da milésima loja Biedronka na Polónia, comentou assim a entrega pela APED na Assembleia da República de uma petição a defender a abertura das grandes superfícies comerciais nas tardes de domingos e feriados.
A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) anunciou a entrega hoje na AR da petição, com 250 mil assinaturas, recolhidas no âmbito da campanha «Liberte-se».
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A direcção da APED, representada pelo seu presidente, Luís Vieira e Silva, vem assim defender, mais uma vez, «o fim das limitações legais ao horário de funcionamento das grandes superfícies nos domingos e feriados de tarde».
Alexandre Soares Santos diz que é contra a abertura aos domingos, não só das grandes superfícies, como de qualquer negócio, mas compreende que a abertura iria satisfazer necessidades da sociedade actual.
«Sou contra a abertura ao domingo, mas sou de uma época que está ultrapassada», afirmou.
Soares dos Santos explicou que, na sociedade actual, com diferentes ritmos, é preciso satisfazer as necessidades do «único patrão» que é o consumidor.
Após esta campanha, atendendo ao número de apoios recebidos, a APED considera «já não restarem dúvidas que os portugueses estão com a associação nesta luta contra a discriminação das grandes superfícies» o que «limita a opção de escolha e liberdade dos consumidores portugueses decidirem quando e onde querem fazer as suas compras».
Estão em causa 147 lojas que, se abrissem naqueles períodos, «iriam criar quatro mil novos empregos directos», a que deve juntar-se mais um determinado número de postos de trabalho indirectos em áreas como a segurança ou a higiene, acrescenta a APED.
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