O concerto promovido pelo grupo de «cabeças rapadas», agendado para este sábado, vai decorrer na «margem sul». As forças de segurança contactadas pelo PortugalDiário garantem estar a acompanhar o evento e adiantam que uma das características deste tipo de eventos é a incerteza face ao local em concreto onde se pode realizar o concerto. As autoridades destacadas para seguir o concerto estão em alerta e receberam indicações para identificarem mudanças de lugar de «última hora».
O acompanhamento do evento, que vai decorrer na área de jurisdição da GNR, será feito numa perspectiva de recolha de informações para tratamento posterior. Fonte policial acrescentou ao PortugalDiário que a operação das forças de segurança vai servir para detecção de indivíduos referenciados e também para identificar outros que estejam ligados ao movimento de skinheads. A hipótese de utilização da videovigilância para recolha de informações e análise posterior não foi descartada e poderá ser utilizada já que é permitida por lei.
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As autoridades já garantiram diversas vezes que, apesar de o fazerem de forma discreta, estão a acompanhar o fenómeno dos movimentos de extrema-direita, em especial os relacionados com os skinheads. Fonte policial esclarece ao PortugalDiário que foi feita uma avaliação da colaboração necessária para este tipo de operações de vigilância, tendo sempre em atenção possíveis desacatos ou alteraões da ordem pública.
Este tipo de encontros é cada vez mais frequente. No passado mês de Junho, durante o campeonato europeu de futebol em Portugal, realizou-se um outro encontro em Loures. Na altura, Artur Silva, do movimento Skinheads Portugal, disse ao PortugalDiário que «os encontros nacionalistas de maior envergadura realizam-se em média uma vez por mês. Em datas como estas, as pessoas sabem perfeitamente que podem estar a ser monitorizadas pela polícia, logo a probabilidade de acontecer algo ilegal ou violento, antes, durante ou após o concerto, é de um em mil».
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O concerto deste sábado, de acordo com a associação SOS Racismo, vai ter a participação de três bandas de rock de tendência fascista. Na iniciativa participarão as bandas «Dissens», da Suíça, «Ódio», de Portugal, e «Jungsturm», da Alemanha. As três bandas são conhecidas por promoverem ideais fascistas e o orgulho nacionalista e por incitarem ao ódio e violência racistas.
Fonte do SOS racismo explicou à Agência Lusa que a associação recebeu a convocatória de «uma pessoa próxima de elementos do grupo» nacionalista, com quem contactaram posteriormente via telefone.
O SOS Racismo enviou o comunicado com a convocatória para o concerto ao Presidente da República, primeiro-ministro e ministro da Administração Interna, «para que sejam tomadas medidas».
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