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Pessimismo é culpa da crise

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Perda de emprego e a incerteza do futuro assustam famílias

Com o agravar da crise financeira internacional, em Setembro do ano passado, uma sucessão de acontecimentos induziu famílias e empresas a ficarem mais pessimistas, retraindo o consumo e o investimento.

O quadro, pintado pelos economistas contactados pela Agência Financeira, tem como pano de fundo o índice de confiança da Zona Euro, que registou em Janeiro, um mínimo histórico.

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O que está por trás de tanto pessimismo? Na opinião do economista do Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, «os valores registados podem justificar-se pela especificidade desta crise: uma crise transversal, global e de efeito rápido».

Para Ana Paula carvalho, analista do BPI, «trata-se sobretudo de efeito riqueza (percepção de que o valor de mercado do seu património está em retracção) e de pessimismo quanto à evolução do emprego/rendimento».

«Pelo lado das empresas, a queda do volume de encomendas e as fracas perspectivas de andamento futuro da procura justificam o pessimismo», esclarece a responsável.

Receosos quanto ao futuro

O pessimismo instala-se nas pessoas, nas empresas e as consequências têm-se mostrado desastrosas. A culpa é da actual situação das economias ou será que as pessoas temem o que ainda está para vir?

Crise: já tocámos no fundo?

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«Por um lado há factores que já melhoraram e nalguns casos serão ainda mais positivos (caso da queda das taxas de juro e da forte redução do preço do petróleo). Por outro lado, a expectativa de potencial perda de emprego pode ser dominante», adianta a análise do BPI.

Segundo a mesma fonte, relativamente às empresas, «parece-me que os índices de expectativas começam a estabilizar, na antecipação de que os planos de estímulos dos Governos possam dar frutos, mas os índices relativos às condições actuais ainda continuam com tendência decrescente».

«A situação não é exactamente idêntica em todos os países da zona euro. Há alguns indicadores na Alemanha que são um pouco mais animadores, mas ainda não se pode dizer que estejamos a ver a luz ao fundo do túnel», conclui o economista Filipe Garcia.

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