Na semana passada, durante uma visita à Alemanha, o Papa Bento XVI citou um texto medieval que classificava como «malévolos e desumanos» alguns ensinamentos do profeta Maomé, o que provocou manifestações de desagrado e violência de comunidades muçulmanas em todo o mundo.
Segundo a agência «Lusa», o Papa afirmou entretanto domingo que está «vivamente entristecido» pelas reacções que as suas palavras suscitaram e salientou que elas «não exprimem de forma alguma» o seu pensamento pessoal.
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«O Papa fez uma declaração ontem e creio que as explicações que deu sobre o sentido da sua intervenção terão contribuído seguramente para diminuir a tensão que entretanto se desenvolveu», disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, questionado sobre a polémica.
Igualmente questionado, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, destacou a importância do diálogo no relacionamento entre religiões, COMO «uma esfera sensível e de grande responsabilidade».
«No encontro que mantivemos hoje, demos muita atenção à necessidade de desenvolver o diálogo entre civilizações, especialmente entre o mundo cristão e o mundo muçulmano, que é uma peça chave de todo este processo», disse o ministro russo.
«É uma esfera muito delicada e temos mais de um exemplo de tensões no relacionamento entre diferentes religiões»,prosseguiu.
Luís Amado e Serguei Lavrov falavam à imprensa após um encontro em Lisboa consagrado às relações bilaterais e às relações entre a Rússia e a União Europeia, a que Portugal preside no segundo semestre de 2007.
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