O secretário-geral adjunto do PS considera que a sucessão de António Costa como secretário-geral do partido "não é uma prioridade política" do partido e que o foco deve estar na recuperação económica do país e nas eleições autárquicas.
José Luís Carneiro falava aos jornalistas à chegada para o 23.º Congresso do PS, que decorre este sábado e domingo na 'Portimão Arena', quando foi questionado sobre o tema da sucessão de António Costa como secretário-geral do partido.
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"Nesta altura, estar a colocar o tema dessa natureza, como é evidente, não é um tema que seja prioridade política do PS. A prioridade está em conseguirmos agora recuperar as condições de vida económica e social", respondeu o responsável socialista.
Para o secretário-geral adjunto, é "incompreensível" estar a falar neste tema "a meio do exercício do mandato", tendo o PS responsabilidades perante o país e depois do esforço feito para "ultrapassar um dos momentos mais críticos que o país viveu no ultimo ano e meio", arranjando "instrumentos financeiros para remover obstáculos ao desenvolvimento".
Na visão do secretário-geral adjunto, as eleições autárquicas de 26 de setembro são importantes para conseguir "o objetivo de recuperação" social e económica.
"Para conseguirmos esse objetivo, é para isso que olhamos para as eleições autárquicas de forma tão especial, empenhada e comprometida, porque para nós, termos nas autarquias autarcas comprometidos com esta visão de desenvolvimento, é absolutamente essencial para conseguirmos vencer os desafios que temos pela frente", frisou.
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O presidente do PS, Carlos César, que foi hoje reeleito com mais de 90% dos votos, disse que o presidente social-democrata, Rui Rio, só podia estar a falar “por experiência própria” quando disse que, sem o atual secretário-geral, António Costa, o PS “parte-se todo”.
“Presumo que o líder da oposição diz isso por experiência própria, mas o PS tem evidenciado que é bem diferente”, disse Carlos César aos jornalistas à chegada ao congresso.
Carlos César rejeitou ainda que o partido estivesse a dar um sinal sobre a sucessão de António Costa ao colocar, na mesa do congresso, ao lado do atual secretário-geral, quatro dos potenciais candidatos: Pedro Nuno Santos (ministro das Infraestruturas e da Habitação), Fernando Medina (presidente da Câmara de Lisboa (Ana Catarina Mendes (líder parlamentar) e Mariana Vieira da Silva (ministra de Estado e da Presidência) ao lado do atual secretário-geral.
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“Não há nenhum sinal sobre essa matéria, mas admito que seja legítimo que quando estamos confrontados com uma fotografia façamos comentários sobre ela”, sustentou.
Costa "está cheio de vontade"A ministra da Saúde revelou que é militante do PS "há muito pouco tempo", decisão que tomou por ter iniciado com António Costa a sua atividade política que, apontou, "está cheio de vontade de continuar a trabalhar".
Marta Temido disse aos jornalistas ser militante do partido "há muito pouco tempo", inclusive "há menos tempo do que uns meses".
Questionada sobre a sucessão de António Costa como secretário-geral do partido, tema que tem dominado as primeiras horas do congresso, Temido recusou ser opção para esse cargo e que Costa "está cheio de vontade de continuar a trabalhar".
"António Costa está cheio de vontade de continuar a trabalhar e de pôr muitos outros a trabalhar, e isso é que é o importante", vincou, acrescentando que os militantes estão hoje em Portimão "para discutir o futuro do PS, para discutir o projeto que está em cima da mesa".
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