Já fez LIKE no TVI Notícias?

Ciência: «Foi uma descoberta excitante»

Investigadores conseguiram acender lâmpada, transmitindo a energia necessária à distância

Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT na sigla inglesa) anunciaram quinta-feira um novo avanço ao conseguirem acender uma lâmpada transmitindo a energia necessária por meio da tecnologia sem fios.

Esta descoberta faz prever que em breve os telemóveis e outros aparelhos electrónicos possam receber energia sem necessidade de estarem ligados à corrente eléctrica, refere a Lusa.

PUB

De acordo com uma artigo publicado quinta-feira na Science Express, uma publicação online da Science, o conceito de envio de energia através da rede sem fios não é novo, mas até agora a sua utilização em larga escala tem sido considerada ineficaz, uma vez que a energia electromagnética gerada iria irradiar em todas as direcções.

Contudo, no Outono, um cientista do MIT, Marin Soljacic, descobriu a maneira de fazer a transferência de energia recorrendo a ondas electromagnéticas definidas.

A chave é fazer com que o aparelho fornecedor e o receptor comuniquem na mesma frequência de modo a receber a energia de forme eficiente, sem a perda até agora considerada.

O princípio é idêntico àquele que permite a um cantor de ópera partir um copo de vidro com a voz, desde que o objecto esteja a comunicar na mesma frequência daquela voz.

O avanço agora conseguido no MIT tem a ver com o facto de pela primeira vez se conseguir a transferência eficaz da energia, sem perdas.

PUB

Os cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts conseguiram fazer acender uma lâmpada de 60 watts colocada a dois metros da fonte geradora de energia.

«Foi uma experiência excitante. O processo utilizado é fácil de reproduzir. Não custa nada regressarmos ao trabalho no laboratório e reproduzir o processo sempre que quisermos», comentou Marin Soljacic.

A descoberta permite pensar num futuro próximo em que os aparelhos funcionem sem necessidade pilhas, evitando os problemas associados à sua reciclagem e aos efeitos nocivos dos químicos tóxicos de que são feitas.

No entanto, os cientistas ainda têm muito que trabalhar pois o processo desenvolvido no MIT é eficaz a 40-45 por cento, ou seja, a maior parte da energia gerada pela fonte emissora não chegou à lâmpada.

PUB

Últimas