O padrasto de 16 anos confessou ter agredido e violado o pequeno Daniel, o menino de seis anos que apareceu morto na segunda-feira, em Caxias, avança a edição deste sábado do semanário Expresso.
Conforme confessou ao juiz do Tribunal de Oeiras, o jovem, namorado da mãe da criança, abusou diversas vezes do Daniel, que era surdo profundo, amblíope e deficiente motor.
PUB
Segundo o Expresso, Fábio assumiu-se como o único autor da agressão, ficando a mãe do pequeno Daniel fora de suspeitas. O jovem está indiciado pelo crime de abuso sexual de criança, com resultado agravado pela morte e arrisca uma pena de prisão que pode chegar aos 15 anos.
O jovem de 16 anos tinha sido detido pela PJ, suspeito de vários crimes de abuso sexual que terão provocado a morte do filho da companheira com quem vivia, há poucos meses, num bairro de Caxias.
PJ esclareceu que «em resultado das diligências de investigação realizadas, foi possível apurar que a vítima terá sido sujeita a várias sevícias de carácter sexual das quais sobreveio um quadro patológico que estará na origem da sua morte». Daniel terá sido violado e violentado várias vezes, com intervalos de vários dias.
Segundo o Expresso, a PJ terá até apreendido alguns objectos que Fábio terá utilizado para agredir Daniel, antes de o violar.
Apesar de alguns vizinhos relatarem que as agressões do padrasto à vítima eram frequentes, ninguém denunciou a situação às autoridades.
PUB
De acordo com o relatório do INEM, citado pelo «Correio da Manhã», «a criança apresentava lesões provocadas por agressões. Umas recentes e outras mais antigas».
A autópsia ao corpo do menino deverá ser enviada ainda esta quarta-feira ao tribunal de Oeiras.
No entanto, a informação recolhida pela Segurança Social junto da comunidade local, da escola e do hospital não aponta para um quadro de violência continuada.
Por decisão familiar o irmão do pequeno Daniel, de quatro anos, ficou aos cuidados da avó materna.
Daniel Carvalho, um menino de seis anos, surdo-mudo, amblíope e com deficiências de locomoção, foi encontrado morto segunda-feira de manhã no Bairro de Sá Carneiro, em Caxias, com sinais evidentes de agressão.
As principais suspeitas recaíram sobre a mãe, 27 anos e cantoneira na câmara de Oeiras, e o padrasto.
A mãe do menino contou que encontrara o filho morto, na cama, quando regressara do infantário, onde tinha ido levar o filho mais novo, com cerca de quatro anos.
PUB