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Agredida por mãe de aluna

Professora atingida com murros, pontapés e puxões de cabelo à porta da escola, no bairro do Cerco, no Porto. Criança disse que a docente lhe tinha batido. Esta nega e conta ao PortugalDiário como tudo se passou

Uma professora primária foi esta tarde agredida pela mãe de uma aluna, com murros, pontapés e puxões de cabelo, à porta da escola onde lecciona, no bairro do Cerco, no Porto.

Em declarações ao PortugalDiário, a docente, que não quis ser identificada, contou que estava a sair da escola, onde assegura o horário pós-lectivo, quando foi abordada por uma mãe que lhe perguntou se tinha sido ela a bater na filha. «Respondi-lhe que não bati na filha dela e que essa confusão tinha sido esclarecida, mas ela não quis saber e espancou-me», afirmou.

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A jovem conta que a criança em causa vive com a avó e que, depois de ter sido repreendida há cerca de três semanas por ser irrequieta e ter vocabulário impróprio, «ficou sentida e resolveu mentir e disse que a professora lhe tinha batido».

«Gosto de disciplina, mas não lhe bati. É completamente mentira. Os outros alunos são testemunhas», garantiu a docente, que adiantou que «esta não é a primeira vez que a aluna mente e diz que um professor lhe bateu».

A confusão foi esclarecida com a avó, com quem a criança vive, e que «admitiu que a criança tem andado irrequieta por gostar muito da mãe e não poder viver com ela», explicou a professora. Contudo, o esclarecimento da docente parece não ter chegado à mãe. «Disse-me: bateste na minha filha, agora sou eu quem te bate a ti», afirmou.

A docente diz que a «agressão brutal» lhe causou «escoriações na cara e na região lombar».

No local juntaram-se ainda vários populares que a insultaram. «Provavelmente acreditaram que eu tinha batido na aluna», afirmou a professora, que teve de ser escoltada pela PSP até ao hospital de São João, onde foi assistida.

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Com receio de represálias, a docente ainda não decidiu se vai voltar a dar aulas para já. «Não vou pôr a minha vida em risco por isto», garante a professora que afirma que as sequelas «graves» da agressão não foram físicas, mas «psicológicas».

Mesmo com receio, resolveu contar a história, porque situações destas acontecem, mas andam «encobertas», afirma a docente que garante ter acontecido um caso semelhante com outro professor na escola do Lagarteiro, também no Porto.

A docente garante que vai apresentar uma queixa-crime contra a mãe da aluna e só ainda não o fez porque quando se dirigiu à esquadra, o agente que identificou a agressora já tinha saído de serviço.

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