Um bombeiro de Samora Correia, Benavente, foi esta segunda-feira condenado a 22 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, pelo Tribunal de Benavente, que o considerou culpado do homicídio da ex-companheira, noticia a Lusa.
O colectivo de juízes do Tribunal de Benavente condenou o arguido por um crime de homicídio qualificado, um de posse de arma ilegal, dois de ofensa à integridade física, sete de ameaça agravada e três de violação de domicílio, difamação e injúria.
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Na leitura do acórdão, a presidente do colectivo de juízes, Susana Fontinha, afirmou que o arguido, de 50 anos, «estava à espera» da pena, e apelou à reflexão sobre os seus actos, que «não têm razão de ser».
O bombeiro foi ainda condenado ao pagamento de indemnizações aos familiares da vítima, num total de 109.750 euros, acrescidos de juros, e ao pagamento das custas judiciais do processo.
A mulher, de 36 anos, morreu a 06 de Setembro de 2006, vítima de seis tiros de pistola. Nos dois meses anteriores tinha sofrido várias ameaças e insultos por parte do arguido, com quem vivera durante três anos.
Nas alegações finais, o Ministério Público pediu 20 anos de prisão, enquanto um dos assistentes da família da vítima pediu 25 anos, a pena máxima, considerando que o crime foi consciente e calculado pelo arguido.
Este, por seu turno, pediu perdão à família da vítima e aos seus filhos e alegou que se tratou de um crime passional, num momento de desequilíbrio emocional após a separação.
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