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Mostrar o dedo do meio é má educação, mas "não é crime", considera juiz

O magistrado criticou o queixoso, por tentar usar o sistema criminal para se vingar do vizinho

Poderá não ser o gesto mais diplomático ou apropriado, mas mostrar o dedo do meio “não é crime”. Aliás, é protegido pelo direito à liberdade de expressão consagrado na Constituição canadiana, assegura um juiz.

O magistrado Dennis Galiatsatos arquivou um processo em que um homem foi acusado pelo seu vizinho de assédio, na periferia de Montreal, no Canadá: “Para ser bem claro, não é crime mostrar o dedo a alguém. Pode não ser civilizado, pode não ser educado ou cavalheiresco… No entanto, não acarreta responsabilidade criminal.”

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Em causa estava uma disputa entre dois vizinhos que se arrastava desde 2021. Michael Naccache acusou Neil Epstein, um professor, de ameaças de morte e assédio. Mas o juiz não lhe deu razão.

Na sua decisão, Dennis Galiatsatos criticou Naccache, por considerar que as queixas não eram mais do que “trivialidades mesquinhas e mundanas entre vizinhos”. Para além disso, lembrou que a polícia e os serviços de emergência têm outras prioridades: “É deplorável que o queixoso tenha usado o sistema criminal para se vingar de um homem inocente, devido a alguns desrespeitos, que são, na melhor das hipóteses, discussões triviais.”

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Em maio de 2021, os vizinhos tiveram um confronto, que resultou em agressões verbais. Enquanto se afastava da situação, Epstein mostrou o dedo do meio. Imagens de videovigilância “mostram claramente que Epstein está a olhar na direção do queixoso mostrando o dedo, por vezes com as duas mãos”.

No final desse dia, ao chegar a casa, Epstein deparou-se com a polícia à sua porta e foi detido por, alegadamente, ter feito ameaças de morte.

O juiz lamentou o sucedido e disse que este tipo de situação “não merece uma chamada para o 112”.

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