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Fraude de funcionários contra empresas dispara

Linhas telefónicas para denúncias são um sucesso e há quem pague por uma boa dica

Os casos de fraude cometidos por funcionários contra as empresas em que trabalham está a disparar, mostrando que a crise impulsiona o crime económico, refere o «Financial Times».

As linhas telefónicas criadas para receber denúncias, operadas pela The Network, receberam um verdadeiro dilúvio de denúncias de fraude nos últimos meses. Relatos de actividades fraudulentas, incluindo roubo, corrupção e inside trading corresponderam a 21% das chamadas para esta linha durante o primeiro trimestre do ano, o que compara com 16,5% no mesmo período do ano passado e apenas 11% há três anos atrás.

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As denúncias de outras matérias, como assédio sexual ou quebras de segurança, permaneceram estáveis ou caíram, mas a fraude foi «ganhando velocidade e crescendo», afirmou Luis Ramos, presidente executivo da The Network.

Os números, diz o «Financial Times», mostram a tendência dos países mais afectados pela crise, nos quais crimes como o roubo em lojas e os assaltos estão também a aumentar.

Retalho e finanças são os mais afectados

Os sectores de retalho e finanças estão a ser os mais afectados, mas, de acordo com Luis Ramos, nenhuma área de negócio está imune. O presidente da The Network revela ainda que tem cada vez mais clientes a implementarem sistemas para encorajar denunciantes, incluindo pagar recompensas a quem fizer uma denúncia que resulte numa investigação bem sucedida.

Luis Ramos admite que o medo dos efeitos que as fraudes podem ter nas empresas serve também de incentivo para os funcionários se denunciarem uns aos outros. «Os trabalhadores estão sensibilizados para o facto de as empresas em que trabalham se encontrarem em situações precárias e, se eles não as ajudarem a proteger os seus activos, podem vir a encontrar-se mais tarde numa situação de desemprego por causa disso», explica.

E a situação vai piorar ainda mais, na opinião deste profissional, se a situação económica continuar a degradar-se, causando mais desemprego e cortes de remunerações, causando maior ansiedade nos trabalhadores e abalando a lealdade dos funcionários às respectivas empresas.

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