Os juros dos depósitos caíram para cerca de metade em seis meses, segundo escreve a edição deste domingo do «Diário de Notícias».
As taxas líquidas para aplicações a um ano não ultrapassam os 0,5% com os bancos a apresentarem aos clientes taxas crescentes que só vários anos depois oferecem os juros prometidos.
PUB
De acordo com o estudo feito pela Associação de Defesa do Consumidor, a revista «Proteste Poupança» fala mesmo em ilusão de taxa crescente em 40 produtos analisados.
Veja mais aqui: poucos são os produtos de taxa crescente valem o investimento
A Deco realça que, este ano, os depósitos e obrigações ditos «de taxa crescente» têm sido a galinha dos ovos de ouro dos bancos, depois da moda nos investimentos em 2008 terem sido os «super depósitos».
Fortes restrições à movimentação
De referir que estes produtos são aplicações até 5 anos, cuja rentabilidade aumenta com o passar do tempo, mas que segundo a instituição nem sempre são alternativa às aplicações tradicionais de curto prazo, como os bancos fazem crer.
«A maioria dos produtos de taxa crescente a 3 anos rendem mais do que a média dos depósitos a um ano (2% contra 0,9%), mas ficam aquém dos melhores (2,2%). Estes investimentos têm ainda fortes restrições à mobilização».
A associação dá ainda exemplos: no «poupança cresce mais B», é possível movimentar o capital 15 dias antes de receber juros, mas perde o que ganhou no ano decorrido. No «millennium rendimento trimestral» e «obrigações BPI rendimento» arrisca-se a perder parte do capital, se resgatar antes do prazo.
PUB