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O que aproxima e o que diferencia a APEL e a Leya

Quem vai à Feira do Livro basicamente procura livros e falar com os autores. Não vai comprar uma barraquinha xpto

Acabou o diferendo entre a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) e a UEP (União de Editores Portugueses), à qual pertence o Grupo Leya, e a Feira do Livro de Lisboa vai mesmo arrancar, ainda que com uns dias de atraso. Ainda bem, não fazia sentido nenhum. E os pavilhões não vão ser todos iguais. Vai haver uns vermelhos, com alturas diferentes. Qual é o problema? A feira de aspecto velhinho vai modernizar-se. Finalmente.

O argumento de José Saramago de que a Feira do Livro é uma «festa democrática» e que a existência de pavilhões diferenciados «exibe uma diferença de classes» não colhe. As editoras «ricas» terão sempre o número de «barraquinhas» que quiserem ter, sejam duas, três, quatro ou até mais, e as mais modestas e as «pobres» terão uma barraquinha ou pouco mais. Quem vai à Feira do Livro, quer de Lisboa quer do Porto, sabe que é assim e nunca se insurgiu contra o facto de isso não ser democrático ou marcar uma diferença.

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Se há quem cisme em olhar para a Leya como o gigante editorial unicamente interessado em fazer dinheiro, saiba também que há outras editoras ricas dentro da APEL e que todas querem fazer dinheiro, caso contrário terão de fechar. Ou seja, se uns têm dinheiro para fazer pavilhões diferentes, giros, coloridos, com desenhos, outros também terão. Aqui não há dois lados, não há o lado dos ricos e o lado dos probres. Isso é um engano. Uma ideia-feita que pode interessar a alguns. Mas há algo que aproxima estes dois lados: os livros. E outro algo que os diferencia: os livros. E os autores. Sempre foi assim e assim será.

E quem vai à Feira do Livro - e aqui falo como leitora voraz e visitante assídua da feira - procura livros. Basicamente, é isso, procura livros. Não vai comprar uma barraquinha xpto. Vai comprar livros, conhecer os autores, conseguir um autógrafo ou até trocar duas palavras com eles, ver as novidades, conseguir aquele livro tão desejado com um desconto. E sim, também vai porque sabe bem entrar neste mundo mágico dos livros. E se esse mundo for mais colorido ou tiver mais atractivos, melhor ainda.

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