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PME: associações defendem pagamento fiscal faseado

Sectores com maiores dificuldades localizam-se no Norte

As principais associações representativas das pequenas e médias empresas em Portugal defenderam esta segunda-feira a criação de um plano de pagamento fiscal faseado para impedir que o desemprego «dispare», devido às falências e penhoras.

«As PME estão a viver uma situação insustentável de asfixia de tesouraria, escoamento de stocks, escassez de crédito bancário, com custos financeiros enormes, pelo que apoiamos a criação de um plano fiscal de pagamento faseado para impedir que a taxa de desemprego dispare, por causa das falências e penhoras», afirmou à agência Lusa o presidente da Associação Nacional das PME.

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20 mil empresas faliram só de Setembro a Dezembro

Augusto de Morais, que é também vice-presidente da Confederação Europeia das PME, referiu ainda que faliram 20 mil empresas de pequena e média dimensão entre 01 de Setembro e 31 de Dezembro de 2008, das quais 80% foram penhoradas pelas finanças.

«Não defendemos a tolerância de pagamento ou o perdão das dívidas das PME [ao fisco] e também à segurança social, mas se não for criado um plano de pagamento fiscal faseado, a taxa de desemprego poderá disparar para 20% no final deste ano, nada visto no país», afirmou.

Por sua vez, o presidente da Associação PME Portugal apoiou igualmente a criação de um plano fiscal de deferimento dos pagamentos, especificando que deveria ter um período de um a 1,5 anos de carência e os seguintes três de regularização faseada da dívida fiscal.

Os dois empresários estão de acordo quanto ao desemprego que consideram estar actualmente «elevadíssimo» e com tendência para «evoluir», número que contrasta com a taxa inscrita no Orçamento de Estado para 2009, de 8,5%.

Os sectores com maiores dificuldades localizam-se no Norte de Portugal, pertencem ao comércio retalhista, ao têxtil, calçado e novas tecnologias.

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