Já fez LIKE no TVI Notícias?

Aviação: despedimentos na Embraer não afectam Portugal

Relacionados

Trabalhadores das OGMA não serão afectados

Os trabalhadores das OGMA não serão afectados pelos despedimentos anunciados pela Embraer, garantiu esta sexta-feira à agência Lusa um porta-voz da fabricante aeronáutica brasileira.

O despedimento de 20% dos 21.362 efectivos da empresa, o que representa mais de 4.000 trabalhadores, será realizado apenas nas unidades onde a Embraer é detentora da totalidade do capital, afirmou o mesmo porta-voz.

PUB

«A OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal e a unidade na China (a parceria Harbin-Embraer) não estão incluídas porque a Embraer não detém 100 por cento do capital».

Brasileira Embraer vai despedir 4 mil trabalhadores

Investimento da Embraer com 30% em incentivos

A Embraer é, em parceria com a EADS, o maior accionista da portuguesa OGMA, detendo em consórcio 65 por cento do capital da empresa portuguesa. O Estado português detém os restantes 35 por cento da OGMA, através da «holding» Empordef.

A crise económica levou a Embraer a rever em baixa as estimativas para 2009, com descida da facturação, do número de entregas de aeronaves e dos investimentos.

A empresa não revelou os planos futuros de investimento para Portugal, mas referiu que em 2009 os investimentos este ano diminuir dos 450 milhões de reais (150 milhões de euros) previstos anteriormente para 350 milhões de reais (116 milhões de euros). «Neste momento, ainda não está detalhado quais investimentos sofrerão cortes», salientou o porta-voz.

PUB

No ano passado, a Embraer aprovou contratos de investimentos junto ao Governo português de 170 milhões de euros para construção de duas fábricas, em Évora, com a criação de 570 postos de trabalho.

Num comunicado distribuído ao mercado, a empresa estima entregar 242 aeronaves este ano e obter receitas de 5,5 mil milhões de reais (1,85 mil milhões de euros).

No final de 2008, antes do aprofundamento da crise que afectou «em particular o sector de transporte aéreo», a projecção era entregar 270 aeronaves.

«Tornou-se inevitável efectivar uma revisão de sua base de custos e de seu efectivo de pessoal, adequando-os à nova realidade da demanda por aeronaves comerciais e executivas», referiu o texto.

A Embraer salientou que depende «fundamentalmente do mercado externo e do desempenho da economia global - mais de 90 por cento de suas receitas são provenientes de exportações».

Os despedimentos concentram-se na «mão-de-obra operacional, administrativa e lideranças, incluindo a eliminação de um nível hierárquico da estrutura gerencial».

PUB

«A expressiva maioria da mão-de-obra mantém-se engajada nos programas de desenvolvimento de novos produtos e tecnologias que prosseguem inalterados».

Investimento da Embraer em Portugal «totalmente seguro

O ministro da Economia afirmou que o investimento da Embraer previsto para Portugal está «totalmente seguro» apesar dos despedimentos previstos por aquele grupo internacional noutros países.

«Ainda esta semana o presidente da empresa esteve em Portugal e confirmou o arranque do projecto de Évora, onde vão ser instaladas duas fábricas. Inclusivamente a Embraer está à procura de um espaço maior do que o previsto», afirmou Manuel Pinho.

O governante adiantou que se está «na fase da selecção dos fornecedores e da formação dos trabalhadores». «Portanto está totalmente seguro, segundo me foi indicado pelo próprio presidente do grupo».

Para o ministro, esta intenção da empresa não é contraditória com o desinvestimento que está a ser feito noutros países, porque «a produção em Portugal vai ser muito específica».

PUB

Relacionados

Últimas